RECIFE E OLINDA
Do
Recife
ví
os altos coqueiros,
soberbo
estendal;
De
Olinda,
escutei
os guerreiros,
Marim
dos Caetés;
Das
pontes
vi
o rio caudaloso,
correndo
incessante;
Das
praias
vi
o peixe amarelo,
a
cauda de Iemanjá;
Dos
coqueiros,
vi
o sol nascendo,
prometendo
um novo dia;
Das
gaivotas,
vi
o vôo livre, rasante,
cortando
o ar.
Dos
carnavais,
vivi
fantasias e
bebi
alegrias;
Dos
bares
curti
o som festivo
e
revi companheiros;
Das
jangadas,
vi
a luta dos homens
em
busca da vida;
Das
cirandas,
vi
o rosto do povo,
dançando
e
cantando
a alegria;
Dos
amores,
vivi
as ilusões
de
grandes paixões.
Do
poema,
vesti-me
de versos;
Da
lua,
mergulhei
no espaço;
Do
sol,
alimentei
a
minh'alma;
Dos
arrecifes, avistei e
amei
a cidade;
Dos
morros,
deslumbrei
horizontes
e
decifrei a
planície.
Recife,
2007
CLÓVIS CAMPÊLO |
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