15.03.2016
– BLOG DO AUGUSTO NUNES
LULA:
UM JECA ARROGANTE, DESPÓTICO,
SARCÁSTICO, TRUCULENTO, MENTIROSO
ricardokotscho.ig.com.br |
(Por
Valentina de Botas) O ególatra é um chato; se tem algum poder,
torna-se despótico. Sarcástico, mentiroso, arrogante, truculento: eis o jeca no
depoimento à Polícia Federal. Houve momentos em que parece que ele mandaria
prender o solícito delegado. Achando que este lá estava para ouvir queixas,
reclamou que Marisa Letícia não deveria ser chamada a depor por ter sido
empregada doméstica aos 11 anos de idade. No lugar dela, que o procurador
Conserino convocasse as próprias mãe ou mulher.
E se elas também tiverem
exercido a profissão de empregada doméstica ou qualquer outra tão humilde?
Deveriam depor da mesma forma no sinistro universo mental de Lula, pois o
procurador comete o pecado de estar do lado da lei, ou seja, do lado moral
oposto ao do jeca que, por exemplo, não se importou que Francenildo Pereira
fosse um simples caseiro quando decidiu moê-lo pelo Estado posto à disposição
da libido degenerada do partido através do governo mafioso. O pecado de
Francenildo? Contrariar os interesses da súcia, o que o homenzinho despótico
toma como coisa pessoal – é ofensa pessoal fazer incidir a lei sobre a
divindade jeca.
No esplendor do primitivismo
revelado em toda besta acuada, Lula é adepto da lei do mais forte manejada por
ele. E é como o mais forte que ele se vê no universo mental cujo centro é o
próprio umbigo nojento. Daí a abater um caseiro ou meter no meio a mãe e a
mulher de quem só está cumprindo a lei, é apenas mais um movimento no bailado
obscuro.
“Acham
pouco continuar nos desgraçando, exigem também que não nos indignemos, por isso
desqualificam nossa manifestação gloriosa
desse dia 13 de março”
Dilma Rousseff, provando que
os deuses, antes de destruir os homens, os enlouquecem, desafia os limites da
sanidade institucional no capricho tolo e acintoso, embora calculado, de
instalar no ministério da Justiça um membro do Ministério Público e manter de
pé um mocó para o jeca no ministério de um governo que cairá logo menos. Assim,
no dia seguinte à irrefutável demonstração de que o país quer se livrar dos
nefastos criador e criatura de modo a que haja paz e lei para que possa tocar a
vida, a dupla detestável responde com despotismo.
A mesma mulher que Lula acha
que não merece depor por ter sido empregada doméstica aos 11 anos, mereceu dele
a humilhação pública do caso (com) Rosemary Noronha. Marisa Letícia deve depor
porque é investigada; a mãe e a mulher de Conserino não devem depor porque não
são investigadas; Francenildo não deveria ter sido esmagado pelo PT não porque
fosse um simples caseiro, mas porque era inocente.
A noção básica de decência
exige, para assimilação, uma sequência no genoma moral que, na súcia, é falha.
Verdade novamente exposta no depoimento ultrajante e nos atos de Dilma com o
desprezo expansivo devotado ao país que desgraçam cotidianamente. Acham pouco
continuar nos desgraçando, exigem também que não nos indignemos, por isso
desqualificam nossa manifestação gloriosa desse dia 13. Não apenas porque
canalhas que desejam dissimular as canalhices, mas sobretudo porque,
despóticos, veem como um dado da natureza que disponham sobre nossos quereres,
pensares, leis e direitos.
De um regime assim, que
sonha à noite que de dia está submetendo o que resta de um Brasil resistente, o
filme dos ratos roendo a bandeira nacional é autobiográfico. Ele tem de chegar
ao fim, ainda que se arraste repulsivo na apresentação dos créditos.
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