11.03.2016
DOMINGO
NÃO É DIA DE FICAR EM CASA: QUEM
DECRETA
O IMPEACHMENT É O POVO NA RUA
FOTO: ÉLVIO/EDITORA ABRIL |
(Por Augusto Nunes) A
batalha entre os brasileiros decentes e os adoradores do camelô de empreiteira
terminou três dias antes de começar. Como aqui se previu, a seita lulopetista
desistiu de dar as caras na Avenida Paulista, depois ameaçou celebrar outra
missa negra na Praça Roosevelt e enfim se conformou com a capitulação sem luta.
O que resta do partido que virou bando vai ver pela TV a irreversível mudança
na direção dos ventos: agora, é o Brasil decente que manda nas ruas.
“Se
quiserem me derrotar, terão de me enfrentar nas ruas”, desafiou Lula em duas
discurseiras sucessivas. A bravata foi desmoralizada pela rendição desonrosa do
exército que já não há. O país que presta está perto de ganhar a guerra do
impeachment. O desfecho vitorioso ─ não custa insistir ─ depende do tamanho das
manifestações que ocorrerão daqui a poucas horas, sobretudo da programada para
o coração da maior cidade brasileira.
Se
a onda de protestos alcançar dimensões semelhantes às registradas há exatamente
um ano, o fim da Era da Canalhice virá em pouquíssimas semanas. Em 1992, em
meio à crise que desembocou na queda de Fernando Collor, o deputado Ibsen
Pinheiro, então presidente da Câmara, lembrou que o Congresso sempre faz o que
o povo quer. Sempre foi assim. Assim sempre será.
Quem
decreta o impeachment é a voz da rua. É o que pode acontecer neste 13 de março
que tem tudo para eternizar-se nos livros de História. Dilma Rousseff só ficará
no Planalto se os milhões de indignados se negarem a compreender que domingo
não é dia de ficar em casa.
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