A DÚVIDA DE TOMÉ
A CEIA EM EMAÚS
A CAPTURA DE CRISTO
O SEPULTAMENTO DE CRISTO
Michelangelo Merisi da Caravaggio nasceu em Milão, no dia 29 de setembro de 1571, e foi o maior pintor italiano de seu tempo. Aprendeu a pintar com Simone Peterzano e, sobretudo, a partir do estudo das obras de alguns artistas venezianos. De 1592 a 1606, trabalhou em Roma, onde não tardou a destacar-se, não só pelo enfoque original da obra pictórica, como pela sua vida irregular na qual aconteciam brigas e episódios que revelavam seu caráter tempestuoso e sua falta de escrúpulos.
Sobre Caravaggio foi dito que foi um revolucionário, queira pela sua vida turbulenta, queira pelo fato da sua pintura ter proposto uma oposição consciente ao Renascimento e ao Maneirismo. Sempre buscou, em primeiro lugar, a intensidade de efeitos através de veementes contrastes entre o claro e o escuro que modelam as figuras e objetos, e através de uma presença física de um vigor incomparável. Ao evitar qualquer vestígio de idealização e fazer do realismo sua bandeira, Caravaggio pretendia que nenhum espectador ficasse indiferente aos seus quadros.
Suas primeiras criações são fundamentalmente pinturas que combinam figuras humanas com natureza morta. Um exemplo emblemático desta primeira etapa é O Tocador de Alaúde, ode um jovem de beleza feminóide e sensual comparte o protagonismo com frutas, flores e uma série de objetos relacionados à música. Nestas primeiras obras já fica evidente o emprego estético de Caravaggio do jogo de luzes e sombras, se bem que o claro e o escuro só serviram como algo para se criar volumes e profundidades, sem dar à ação efeitos dramáticos, como seria habitual nas posteriores obras do artista.
A Ceia em Emaús, uma de suas obras primas, caracterizada por suntuosos tons de escuro, sombras envolventes e feixes de luz clara que incidem em pontos determinados, assinala o começo do período de maturidade do artista que se inclina abertamente pelos temas religiosos. Algumas de suas obras são rejeitadas pelo naturalismo com o qual aborda as paisagens bíblicas, mas não faltaram mecenas dispostos a adquirir de bom gosto aqueles quadros que o clero não via com bons olhos.
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Amo Caravaggio. O Pintor Maldito
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