ROSA NEGRA
Ah!
Rosa Negra!
Por
que foges de mim?
Por
que te escondes assim
Dos
meus raios de Sol?
Temes,
por acaso,
Que
eu te creste as pétalas?
Mas
eu posso ser para ti arrebol.
Ou
quem sabe uma mansa alvorada?
Antes,
procuravas me enfeitiçar,
Promessas
de amor,
Lindos
sonhos,
Madrugadas
felizes.
E o
meu verso,
Era
para ti orvalho.
Julguei
que olharias para mim,
Sempre
com olhos de Primavera.
Mas,
o inverno tomou conta de ti,
E o
teu coração se enregelou,
E do
doce sentimento, nada sobrou.
Apenas
os espinhos é o que me ofertas.
E eu
já nem sei como em ti chegar,
São
tantos espinhos,
Que
o meu carinho vai ficando ferido
Pelo
caminho.
Ah!
Rosa negra,
Se
soubesses o amor que para ti tenho guardado!
Se
soubesses da poesia,
Se
soubesses da alegria!
Mas
o teu coração deseja me esquecer...
E eu
já nem me pergunto mais por quê.
Já
depus as armas,
Já
me imolei nessa batalha inglória.
Agora
só espero que a noite caia sobre mim,
E
que algum vento me leve para distante,
Porque
voltei a ser um coração errante,
Que
um dia se encantou por uma Rosa negra.
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica.
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
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