13.03.2016
A ESPERANÇA É MESMO ESSA
COISA LINDA
QUE BRILHA MAIS NO ESCURO
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(Por Valentina de Botas) Faltava
ainda uma hora para o futuro, mas eu, familiares, amigos e mais um rio de
asfalto e gente entornando pelas ladeiras já estávamos na Paulista. A avenida
mais famosa da minha cidade natal onde não nasci fica logo ali ao lado de Boa
Viagem no Recife do meu Pernambuco, pertinho de Copacabana, quase grudada à
Esplanada dos Ministérios, nas imediações da Ponta Negra em Manaus, contígua à
Praça da Liberdade de Belo Horizonte, vizinha da Praça Alencastro em Cuiabá,
também não fica longe de Nova York, Londres, Lisboa, Vancouver, Paragominas,
Teresina e das demais cidades que unificaram poderosamente a voz do Brasil
farto e desperto.
Nos
últimos meses, o arsenal de sobrevivência do governo incluiu a adesão de uma
coisinha chamada Picciani; a denúncia de Mirian Dutra de que FHC sustentou o
filho de ambos com recursos próprios – um escândalo na república dos pixulecos
–; e as bravatas repugnantes do jeca. Nada funcionou, o que faltou? Os
brasileiros, a quem o lulopetismo ignora e infelicita.
O
governo que já não há, entontecido de podridão e arrogância, não entende:
brasileiros, como assim? Desse arsenal, o artefato mais poderoso foi a rasteira
institucional do STF no impeachment em dezembro. A súcia passou o Natal
comemorando o assassinato do impeachment, pois, renascido, ele será a única
presença viva no almoço de Páscoa do governo.
“Os
farsantes recrudescerão o combate ao futuro,
especialmente
porque sabem que tudo ainda vai piorar para eles,
para
o país em ruína também.
Mas
enquanto à súcia só restam as ruínas,
para
o Brasil é chegado o tempo de a esperança florescer”
A
oposição omissa anunciava semanalmente que na semana que que vem se reuniria
para decidir ou decidiria que se reunirá; pois o futuro, este domingo avisa,
não é na semana que vem, mas agora. Contudo, discordo da hostilização a Aécio e
Alckmin na Paulista já que, como políticos, representam, se não o Brasil
indignado, a via institucional para encaminharmos nossos anseios, fato
característico da civilização.
Afinal,
a destituição legal de Dilma Rousseff passa forçosamente pelos políticos, já
que repudiamos o golpismo. Como o lulopetismo abole tal arranjo civilizatório,
ele esvaziou de sentido o exercício da política brasileira para vicejar à
sombra dos primitivismos dela. O trabalho mafioso resultou tão eficaz que não
foi um político ou um partido que exterminou o poder do lulopetismo, e sim a
Justiça, na figura admirada de Sérgio Moro. Mas a nação que se reergue só fará
a necessária transição, da treva lulopetista para o futuro, com os políticos e
não é hora de acertar contas com o passado, deixemos que o passado passe.
Depois,
serão depurados pelo nosso voto. Quanto ao anúncio exagerado da morte do
impeachment, muitos indignados acharam que não havia mais esperança para a
esperança, pois hoje, na Paulista e pelo resto do Brasil espalhado pelo mundo,
os brasileiros constataram que a esperança é mesmo essa coisa linda que brilha
mais no escuro e cantávamos emocionados porque de tudo se faz canção. Isso me
fez lembrar a lição de Goethe, segundo a qual é nos sentimentos que encontramos
a liberdade. Os farsantes recrudescerão o combate ao futuro, especialmente
porque sabem que tudo ainda vai piorar para eles, para o país em ruína também.
Mas enquanto à súcia só restam as ruínas, para o Brasil é chegado o tempo de a
esperança florescer. (Fonte: Blog do
Augusto Nunes)
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