quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

HORA DA VITROLA ESPECIAL: DORIVAL CAYMMI

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ARQUIVO GOOGLE


SÓ LOUCO
De Dorival Caymmi
Com Dorival e Gal



Só louco
Amou como eu amei
Só louco
Quis o bem que eu quis

Ah, insensato coração
Porque me fizeste sofrer
Porque de amor pra entender
É preciso amar, porque

Só louco, louco...


MARINA
De Dorival Caymmi
Com Nélson Gonçalves



Marina morena
Marina você se pintou
Marina faça tudo
Mas faça o favor
Não pinte este rosto que eu gosto
Que eu gosto e que é só meu
Marina você já é bonita
Com o que Deus lhe deu

Já me aborreci, me zanguei
Já não posso falar
E quando eu me zango, Marina
Não sei perdoar
Eu já desculpei tanta coisa
Você não arrajava outro igual
Desculpe Marina, morena
Mas eu tô de mal, de mal com você
De mal com você

Destacam-se na obra de Dorival Caymmi três vertentes: as canções praieiras e os sambas de roda, em que predomina a Bahia, e os sambas urbanos de inspiração carioca. É ao terceiro grupo que pertence "Marina". De melodia e letra muito bem trabalhadas, Caymmi começou a canção pelo final, repetindo uma frase do filho Dori (então com três anos) que, ao ser contrariado, reagia dizendo: "Tô de mal com você, tô de mal com você..." 
FONTE: REVISTA ÉPOCA ON LINE

***

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Dorival Caymmi (1914-2008) foi um cantor e compositor brasileiro. Cantava os costumes e as tradições da Bahia. Entre suas canções de sucesso, estão "Samba da Minha Terra", "Marina", "Samba da Bahia", "O Dengo Que a Nega Tem" e "Saudade de Itapoã".

Dorival nasceu em Salvador, Bahia, no dia 30 de abril de 1914. Filho do funcionário público, descendente de italianos, Durval Henrique Caymmi e de Aurelina Soares Caymmi, descendente de portugueses e africanos. Seu pai tocava piano, violão e bandolim. Desde menino cantava no coro da igreja.

Interrompeu os estudos no primeiro ano ginasial, para trabalhar como auxiliar de escritório e, depois, caixeiro-viajante. Nessa época aprende a tocar violão sozinho, desenvolvendo um estilo pessoal, e compõe suas primeiras canções, como "No Sertão" (1930). Começa a cantar no rádio e em 1935, estreia o programa "Caymmi e Suas Canções Praieiras" na Rádio Clube da Bahia.

Em 1938, tenta a sorte no Rio de Janeiro. Consegue apresentar-se na Rádio Transmissora cantando o samba "O Que É Que a Baiana Tem?", mais tarde incluído no filme Banana da Terra (1938), com Carmen Miranda, e que alcança sucesso nacional. Em 1939 passa a atuar na prestigiosa Rádio Nacional no Rio de Janeiro, onde conhece a caloura Stella Maris, com quem se casa. Emplaca nos anos 40 e 50 sucessos como "Samba da Minha Terra" (1940), "Rosa Morena" (1942), "Marina" (1947), "Não Tem Solução" (1952), "João Valentão" (1953) e "Maracangalha" (1956), entre outros.

Nos anos 70, foi condecorado pelo governo baiano. Apresenta as músicas "Oração para Mãe Menininha" (1972) e "Modinha para Gabriela", da trilha sonora da novela Gabriela.

Com problemas cardíacos, passou a apresentar-se esporadicamente em shows ao lado dos filhos Dori, Nana e Danilo, também músicos de sucesso. Em 60 anos de carreira, Dorival Caymmi gravou cerca de 20 discos, mas o número de versões de suas músicas feitas por outros intérpretes é praticamente incalculável. Sua obra, considerada pequena em quantidade, compensa essa falsa impressão com inigualável número de obras-primas. A editora Lumiar lançou em 1994 o songbook com suas obras, acompanhado por três CDs.


Dorival Caymmi morre de falência múltipla dos órgãos, no Rio de Janeiro, no dia 16 de agosto de 2008.

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TOM JOBIM

Eu conheci o Dorival Caymmi nos idos de 48, 49. Eu estava assim muito empenhado, eu queria ser músico de qualquer jeito, me aproximei dele e depois nos tornamos grandes amigos. O Dorival Caymmi é um gênio, uma pessoa assim que se eu pensar em música brasileira eu vou sempre pensar em Dorival Caymmi. Ele é uma pessoa incrivelmente sensível, uma criação incrível, eu digo isso sob o ponto de vista musical, sem falar do poeta e do pintor, porque o pintor, inclusive, eu ganhei um quadro dele, eu dei uma flauta ao filho dele e ele me deu um quadro que é uma maravilha. Eu outro dia perguntei a Danilo Caymmi: mas, rapaz, como é que seu pai pinta assim? Ele disse, ele estudou. Um negócio! Porque o Dorival é um grande pintor mesmo, não é negócio de brincadeira não, e nas músicas, então, nem se fala…  Fonte: músicaemprosa.com.br


HORA DA VITROLA: JORGE ARAGÃO (LUCIDEZ)

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Foto: Divulgação

LUCIDEZ
De Jorge Aragão


Por favor!
Não me olhe assim
Se não for
Por viver só pra mim

Aliás!
Se isso acontecer
Tanto faz
Já me fiz por merecer

Mas cuidado, não vá se entregar
Nosso caso não pode vazar
E tão bom se querer
Sem saber
Como vai terminar

Onde a lucidez se aninhar
Pode deixar
Quando a solidão apertar
Olhe pro lado
Olhe pro lado
Eu estarei por lá

Mas cuidado, não vá se entregar
Nosso caso não pode vazar
E tão bom se querer
Sem saber
Como vai terminar

Onde a lucidez se aninhar
Pode deixar
Quando a solidão apertar
Olhe pro lado
Olhe pro lado, ou! ou!
Estarei por lá


FOTOGRAFIAS - DANNY ZAPPA (editar)
















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CHÁ DAS CINCO: MANUEL BANDEIRA

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Bandeira (Foto: Arquivo/CB/D.A Press)

AUTORRETRATO

Provinciano que nunca soube
Escolher bem uma gravata;
Pernambucano a quem repugna
A faca do pernambucano;
Poeta ruim que na arte da prosa
Envelheceu na infância da arte,
E até mesmo escrevendo crônicas
Ficou cronista de província;
Arquiteto falhado, músico
Falhado (engoliu um dia
Um piano, mas o teclado
Ficou de fora); sem família,
Religião ou filosofia;
Mal tendo a inquietação de espírito
Que vem do sobrenatural,
E em matéria de profissão
Um tísico profissional.

FOTOGRAFIAS: STESS PANISSI editar)























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IMAGENS: DIEGO VELÁSQUEZ



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Diego Rodríguez de Silva y Velázquez (Sevilha, 1599 – Madrid, 1660) foi um importante pintor espanhol do século XVII. Destacou-se na pintura de retratos, principalmente de integrantes da nobreza espanhola. Fez parte do movimento artístico conhecido como barroco.



Estilo artístico



- Enfatizou a elaboração de retratos de integrantes da nobreza e a pintura de cenas históricas. Também retratou elementos da mitologia.



- Mostrava detalhes em suas obras, privilegiando as expressões faciais, buscando a individualidade de cada personagem retratado.



- Presença em suas obras do tenebrismo (aplicação de fundo escuro) e do realismo (busca por detalhes para deixar a obra mais real possível) . Estas duas características foram típicas do barroco.



FONTE: SUA PESQUISA.COM.BR

IMAGENS (BENETT _ EDITAR)




























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FOTOGRAFIAS: ANDRÉ BRITO (ABRITO)


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André Brito, conhecido profissionalmente como ABrito, nasceu no Porto, em 1972. Desde pequeno adquiriu uma forte ligação com a fotografia, graças ao pai, com quem passava horas na câmara escura. Foi com ele, também, que aprendeu os princípios básicos da fotografia. Quando ele faleceu, herdou as suas câmaras fotográficas. Desde então, nunca mais parou de fotografar.

ABrito ganhou reconhecimento mundial graças à técnica de iluminação presente nos seus ensaios. Outras características que chamam a atenção nos seus ensaios de nus são o predomínio do preto e branco e a opção por não captar o rosto das modelos. (FONTE TEXTO: https://pt.slideshare.net)


QUASE HISTÓRIAS: A SENHORA DO JUVENAL

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Sempre impliquei com essa coisa de dizer ao amigo “me recomende à sua senhora”. Ora, respeito é bom. Que insinuação vagabunda é essa? Que bandalheira é essa? Há de ser muito safado para falar tamanha barbaridade a um amigo, ainda que ele seja um amigo urso e sua mulher a oitava maravilha do mundo moderno.

Em bom Português: quem fala uma coisa dessa chama o amigo de corno – de corno manso! Só um tipo assim seria capaz de recomendar algum homem à sua esposa.

Mas o tempo – senhor da razão – passa. E a gente sempre aprende com ele alguma coisinha, percebe que expressões populares nem sempre são inservíveis.

Hoje, velho, sou adepto da expressão. Mas sempre faço a ressalva:


-- Quando lhe peço para me recomendar à sua senhora, quero seu bem. Se ele topar a recomendação – o que é improvável – terá grande decepção. E vai querer você de volta. Juvenal: captou a mensagem? Sou seu amigo: me recomende à sua senhora. 

DONA FLOR

Sedutor de viúvas de maridos vivos, Vadinho não se fez de morto:

-- Deolinda, minha rosa, rainha das flores, mulata das mulatas: eu quero ser o outro da sua vida.

-- O que é isso, homem? Enlouqueceu de vez?

-- Não me diga "não", Deolinda. Sei de suas carências.  

-- Que absurdo! Sou casada, muito bem casada. Todo mundo sabe disso.

-- Não é o que se comenta. De tanto beber, Teodoro está quase morto; eu, só alegria. (OS)
  

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

HORA DA VITROLA: NANA CAYMMI


Foto: arquivo google

SAVEIROS
De Dori Caymmi e Nélson Motta



Nem bem a noite terminou
Vão os saveiros para o mar
Levam no dia que amanhece
As mesmas esperanças
Do dia que passou

Quantos partiram de manhã
Quem sabe quantos vão voltar
Só quando o sol descansar
E se os ventos deixarem
Os barcos vão chegar
Quantas histórias pra contar

Em cada vela que aparece
Um canto de alegria
De quem venceu o mar



A TARDE

CHÁ DAS CINCO: AFFONSO ROMANO DE SANT’ANNA

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Ilustração Google

INDECISÃO AMOROSA

Então me digo:
“Não vou mais vê-la”
e no dia seguinte
quero tê-la.

Então me digo:
“É a última vez”
e me resigno.
Mas quando anoitece
sou eu quem ligo.

“Começo a esquecê-la”,
me repito.
E numa esquina
invento vê-la.

De novo afirmo:
“Melhor parar”
e aí começo
a desesperar.

O tempo todo
a estou deixando
e mais a deixo
partido
ao seu amor regresso
e partindo
vou ficando.


REFLEXIVO

O que não escrevi, calou-me.
O que não fiz, partiu-me.
O que não senti, doeu-se.
O que não vivi, morreu-se.
O que adiei, adeus-se.

IMAGENS: RAQUEL TARABORELLI


QUINTAL FLORIDO


OUTONO




CAMPO COLORIDO




JARDIM DE ROSAS



PRAIA E AS CADEIRAS


Natural de Avaré (SP - 11 de novembro de 1957), Raquel Taraborelli é uma pintora brasileira contemporânea impressionista. Cria pinturas a óleo com temas ligados à natureza: jardins, paisagens e campos floridos.


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