Ilustração: arquivo Google |
ESPERANÇA
Lá
bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive
uma louca chamada Esperança
E
ela pensa que quando todas as sirenas
Todas
as buzinas
Todos
os reco-recos tocarem
Atira-se
E
—
ó delicioso vôo!
Ela
será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra
vez criança…
E
em torno dela indagará o povo:
—
Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E
ela lhes dirá
(É
preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela
lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
—
O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…
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