PROVÉRBIOS
De Adoniran Barbosa e Rolando Boldrin
Muita
verdade se esconde
Entre
o céu e a terra
Cão
que ladra não morde
Bom
cabrito não berra
Minha
terra tem curíntias
Onde
canta o curió
Não
tem nada mais gostoso
Que
o pastel da minha vó
Pergunte
ao velho colombo
Que
também usava franja
Se
galinha velha é boa
Ou
é melhor sua canja
Muito
trabalho ele teve
Você
sabe como é
Botar
um ovo é facil
Difícil
é botar ele em pé
Tire
o cavalo da chuva
Que
depois o sol esquenta
Para
curar um mau feito
Use
chá e água benta
Mosca
com boca fechada
E
rato que roi a roupa
Sexta-feira
dia 13
Panela
velha dá sopa
Um
gato que é escaldado
De
água fria tem um medo
Ensinar
o pulo do gato
Nem
mais tarde e nem mais cedo
Teimoso
como uma mula
É
o canguru saltador
Aquilo
que não tem cura
Só
pode ser mal de amor
Não
olhe os dentes do bicho
Se
for um cavalo dado
Falar
mal, bater no peito
Isso
também é pecado
Pão
de ló não deve dar
Pra
quem dentes não tiver
Não
discuta futebol
E
nem bata em sua mulher
O
macaco no seu galho
É
preguiça o dia inteiro
Barata
que é esperta
Não
cruza o galinheiro
Periquito
leva a fama
Papagaio
come milho
O
bolo não quer galocha
E
o trem só anda no trilho
A
galinha do vizinho
Fez
isso a final de contas
Bota
ovo amarelinho
Minhas
quebradas são contas
E JÁ QUE O PAPO É COM ADONIRAN
QUE TAL CURRUPACO COM PASSOCA?
Se você/ Num tá entendendo/ O que o papagaio tá dizendo/ Eu tô/ Posso até lhe traduzir/ Currupaco, papaco, paco/ Vê se não me enche o saco...
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