FOTO: ARQUIVO GOOGLE |
Maria e Maria da Conceição, duas velhinhas portuguesas, eram amigas
de longa data. Confidentes mesmo, embora nem sempre contassem tudo uma a outra.
Afinal, quem não tem seus segredinhos? Não havia terça que não fossem juntas à
feira.
Naquela terça, sempre há uma terça, Maria da Conceição, ao passar
pela barraca de mandioca, abriu o coração:
-- Maria: todo vez que vejo isso me lembro de Quincas.
-- Conceição, não minta. Era mesmo tão grande assim?
-- Qual o quê, Maria! Era sujo mesmo.
(Fonte: Bar do Mineiro)
***
Todo dia a bicha passava pela construção. Era o pobre passar e o
servente da obra gritar:
- Bichona! Chibungo! Frangão!
Ah... a boneca ficava uma fera e mandava o troco:
- Paraíba! Saquarema! Morto de fome! Flagelado!
E isto era todo dia, chibungo pra lá, flagelado pra cá.
Aí, chegou o Carnaval. O fresquinho mandou fazer uma fantasia linda
de baiana, toda rendada. Pintou-se, penteou-se, enfeitou-se e desceu para ir à festa. Virou a esquina e foi passando em frente à obra. Lá estava o
servente. No que ele viu a baiana rebolando do outro lado, reconheceu logo quem
era e abriu a boca pra gozar o pobre, percebeu que até que ela estava
bonitinha. Aí encheu os peitos e gritou:
- Boneca!!!
Ah... ela não aguentou de emoção. Virou-se pra obra, abriu os braços
e gritou, morrendo de felicidade:
- Arquiteto!!!
(Fonte: Blog do Ziraldo)
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