Desapego
Já
me desfiz de quase tudo,
roupas
antigas em bom estado,
bijuterias,
quinquilharias,
brincos
dourados e pulseiras
coloridas.
Sapatos,
sandálias que nem
combinam
com meus pés tão
familiarizados
com a dureza
do
chão.
Espelhos
são raridades, já
conheço
meu rosto de cor e
salteado.
As
flores perecem no galho
que
o tempo seja o seu algoz.
De
uma coisa ainda não me
desfiz,
da poesia.
Tentei
ver-me sem ela.
Tentei
despir-me dela.
Tentei
rezar sem ela...
Que
me perdoem os deuses,
mas
esta parceria é com os
anjos
que cansados de
uma
cadência repetitiva
sopram-me
faíscas.
(Núbia Nonato)
***
Em casa, Otávio resolveu fazer o que há muito não fazia:
olhar-se no espelho. Quase enfartou. Era uma réplica piorada do capeta.
Um caco ensebado. Tinha que pôr um fim naquilo.
Por Orlando Silveira
http://orlandosilveira1956.blogspot.com.br/2017/03/na-proxima-segunda-ok.html#comment-form
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Em casa, Otávio resolveu fazer o que há muito não fazia:
olhar-se no espelho. Quase enfartou. Era uma réplica piorada do capeta.
Um caco ensebado. Tinha que pôr um fim naquilo.
Por Orlando Silveira
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