CHARGE: SPONHOLZ |
DE
ONDE VEM O DINHEIRO
QUE
BANCA OS DOUTORES DE LULA?
A
tropa de advogados a serviço do chefão é composta
por
especialistas em absolvição de culpados
Por
Augusto Nunes
Veja.com
– 10/03/2017
A
multidão de advogados a serviço de Lula é composta por especialistas em
absolvição de culpados. Esse tipo de bacharel cobra honorários em dólares por
hora. Pelo atrevimento exibido nas audiências presididas por Sérgio Moro, pela
insolência que esbanjam no esforço para irritar o juiz da Lava Jato, pela
insistência em transformar um caso de polícia numa causa política, as boladas
que os bacharéis vão receber são de muito bom tamanho.
A
pergunta é: se a saúde financeira do Instituto Lula foi devastada pela retração
dos fregueses da Lava Jato, se o Bill Clinton de galinheiro não recebe convites
para palestras desde junho de 2015, se as mediações bilionárias do camelô de
empreiteiras foram prudentemente suspensas, de onde virá o dinheiro para bancar
a gastança com rabulices? A resposta só
pode ser dada pela Polícia Federal. Aí tem.
CHARGE: SPONHOLZ |
LULA
NÃO TEM UM ÚNICO
ÁLIBI
QUE PARE EM PÉ
Mentir
para plateias amestradas é vigarice e rende voto.
Mentir
num tribunal é perjúrio e dá cadeia
O
fracasso da tentativa de trocar o depoimento em Curitiba por uma teleconferência
que o manteria distante 500 quilômetros de Sérgio Moro tirou de vez o sono de
Lula. As revelações de Marcelo Odebrecht sobre o Amigo, ou Amigo de E.O.
(Emilio Odebrecht), pulverizaram o equilíbrio emocional do único líder popular
que não dá as caras nas ruas. Só essa soma de reveses pode explicar os dois
argumentos que Lula apresentou para escapar do pântano onde permanece submerso
há meses.
Há
dois dias, o sitiante sem sítio decidiu encomendar uma nota segundo a qual a
Petrobras não pode ser considerada vítima do Petrolão: é também culpada pela
destruição financeira e moral da empresa. “Para a ocorrência desses crimes”,
alega o Amigo de E.O., “teriam
concorrido diretores, gerentes e outros funcionários – isso sem falar que os
próprios sistemas de controle de companhia não teriam funcionado na hipótese
cogitada. Dessa forma, a empresa também possui responsabilidade no esquema
criminoso”.
Haja
cinismo. Essa conversa de 171 informa que não foi Lula (com a ajuda de Dilma
Rousseff) quem nomeou todos os executivos da estatal algemados pela Operação
Lava Jato. “A Petrobras é tão importante, mas tão importante que a diretoria
deveria ser eleita pelo povo”, vivia declamando o palanque ambulante embriagado
com as fabulosas jazidas do pré-sal que nunca saíram do fundo do Atlântico. Em
vez de instituir a eleição direta dos cartolas da Petrobras, nomeou comparsas
da base alugada que montaram o maior esquema de corrupção desde 1500.
Horas
depois, Lula ordenou aos sabujos encastelados no Instituto Lula que divulgassem
uma segunda nota, agora para reduzir os estragos causados pela descoberta dos
codinomes que o identificavam no departamento de propinas e subornos da
Odebrecht. “O presidente Lula jamais solicitou qualquer recurso indevido para a
Odebrecht ou qualquer outra empresa”, fantasiou o falatório. “Jamais teve o
apelido de Amigo. Se alguém eventualmente a ele se referiu dessa forma isso
ocorreu sem o seu conhecimento e consentimento”.
Como
se apelidos concebidos para ocultar comparsas só pudessem ser utilizados depois
de obtida a autorização do apelidado, com firma reconhecida em cartório. Como
se outros fregueses da Odebrecht imaginassem que, nos porões da empreiteira,
haviam sido rebatizados como Feio, Muito Feio, Angorá, Nervosinho, Italiano ou
Boca Mole. Os argumentos de Lula são mais que bisonhos: são coisa de culpado
desprovido de qualquer álibi que pare em pé. Os juízes federais que vão
interrogá-lo sabem tudo sobre o réu. Lula não faz ideia do que sabem os
magistrados.
Mentir
para plateias amestradas é vigarice e rende voto. Mentir num tribunal é
perjúrio e dá cadeia.
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