DESENCONTRÁRIOS
Mandei
a palavra rimar,
ela
não me obedeceu.
Falou
em mar, em céu, em rosa,
em
grego, em silêncio, em prosa.
Parecia
fora de si,
a
sílaba silenciosa.
Mandei
a frase sonhar,
e
ela se foi num labirinto.
Fazer
poesia, eu sinto, apenas isso.
Dar
ordens a um exército,
para
conquistar um império extinto.
***
Amor,
então,
também,
acaba?
Não,
que eu saiba.
O
que eu sei
é
que se transforma
numa
matéria-prima
que
a vida se encarrega
de
transformar em raiva.
Ou
em rima.
(
Paulo Leminski )
***
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mais o quê. Por Orlando Silveira
http://orlandosilveira1956.blogspot.com.br/2017/03/e-o-amor-saiu-pela-janela.html#comment-form
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