Estendida
sobre a relva, ouvia as confidências da madrugada, enquanto o céu se deslocava
por cima da sua cabeça, na pressa de chegar ao outro lado do dia. Metade do
mundo dormia a outra metade acordada, milhões de seres dispersos por várias
latitudes. Uma encruzilhada de estórias suspensas num trapézio de acrobacias,
ilusões e desigualdades que não cabem nas rezas dos que creditam dívidas,
encharcadas de injustiças e preconceitos.
Exilada
de si, tranca-se na sua loucura, perdendo-se de uma só vida, nas bermas de um
tempo feito de estágios e sem vontade de refazer sonhos!
ANA
ANDRADE
***
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DE VOLTA AO RIO
Sem
se dar conta, Robertinho transformou-se num chato absoluto. Passou,
ainda que inconscientemente, a atribuir aos outros o motivo único de
suas frustrações. Não raro, em geral após a terceira talagada, virava
refém de uma ira nada santa, mas súbita.
Por Orlando Silveira
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