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A
mais grave crise econômica da história do país
desde
os anos 30 do século passado atingiu
fortemente
o mercado das pesquisas eleitorais
Por
Ricardo Noblat
Em 02/10/2016
- 01h30
Bons
tempos aqueles em que os institutos de pesquisa disputavam entre si para ver
qual deles acertaria o maior número de prognósticos eleitorais. Eles admitiam
erros ao longo das campanhas, mas tudo faziam para que suas últimas pesquisas,
divulgadas na véspera da eleição, antecipassem os resultados finais.
Era
grande o número de institutos contratados por candidatos, emissoras de
televisão e jornais. E maior ainda o número de pesquisas. Ibope, Datafolha e
Vox Populi chegavam a fazer pesquisas de boca de urna ao longo do dia da
eleição. E no fim da tarde do domingo, a poucas horas da abertura das urnas,
cravavam o que sairia delas.
A
mais grave crise econômica da história do país desde os anos 30 do século
passado atingiu fortemente o mercado das pesquisas eleitorais. Poucas foram
contratadas este ano. E o crescimento das redes sociais e da sua audiência
aumentou a volatilidade do voto. Acrescente-se a Lava Jato, o impeachment, as
Olimpíadas, uma campanha mais curta e sem grana...
Resultado:
o imprevisível. Principalmente nas grandes cidades onde se travam batalhas
acirradas. É o caso do Rio, São Paulo e Porto Alegre, por exemplo. Há
candidatos favoritos a passar para o segundo turno – Crivela, Dória e Melo. Mas
seus possíveis adversários no segundo turno só se tornarão conhecidos hoje. E
talvez só lá pelo meio ou fim da apuração.
O
que se pode desde já dizer sobre este domingo de fortes emoções é que os
institutos disputam o troféu do que errará manos. E que o PT parece destinado
de fato a ser varrido das prefeituras de quase todas as capitais. E de algo
como mais da metade das cidades que por ora comanda.
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