domingo, 2 de outubro de 2016

POLÍTICA/OPINIÃO: RICARDO NOBLAT


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A mais grave crise econômica da história do país
desde os anos 30 do século passado atingiu
fortemente o mercado das pesquisas eleitorais

Por Ricardo Noblat
Em 02/10/2016 - 01h30


Bons tempos aqueles em que os institutos de pesquisa disputavam entre si para ver qual deles acertaria o maior número de prognósticos eleitorais. Eles admitiam erros ao longo das campanhas, mas tudo faziam para que suas últimas pesquisas, divulgadas na véspera da eleição, antecipassem os resultados finais.

Era grande o número de institutos contratados por candidatos, emissoras de televisão e jornais. E maior ainda o número de pesquisas. Ibope, Datafolha e Vox Populi chegavam a fazer pesquisas de boca de urna ao longo do dia da eleição. E no fim da tarde do domingo, a poucas horas da abertura das urnas, cravavam o que sairia delas.

A mais grave crise econômica da história do país desde os anos 30 do século passado atingiu fortemente o mercado das pesquisas eleitorais. Poucas foram contratadas este ano. E o crescimento das redes sociais e da sua audiência aumentou a volatilidade do voto. Acrescente-se a Lava Jato, o impeachment, as Olimpíadas, uma campanha mais curta e sem grana...

Resultado: o imprevisível. Principalmente nas grandes cidades onde se travam batalhas acirradas. É o caso do Rio, São Paulo e Porto Alegre, por exemplo. Há candidatos favoritos a passar para o segundo turno – Crivela, Dória e Melo. Mas seus possíveis adversários no segundo turno só se tornarão conhecidos hoje. E talvez só lá pelo meio ou fim da apuração.

O que se pode desde já dizer sobre este domingo de fortes emoções é que os institutos disputam o troféu do que errará manos. E que o PT parece destinado de fato a ser varrido das prefeituras de quase todas as capitais. E de algo como mais da metade das cidades que por ora comanda.

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