sábado, 15 de outubro de 2016

POLÍTICA: BALAIO DE NOTAS


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GIM ARGELLO & DILMA (ARQUIVO GOOGLE)



POR ANCELMO GOIS
O GLOBO

PONTO FINAL

A tese de que o juiz Sérgio Moro foca seu trabalho no PT não se sustenta — até pela quantidade de grandes empresários que estão vendo o sol nascer quadrado numa cela em Curitiba. Ontem mesmo, o juiz paranaense condenou o ex-senador do PTB Gim Argello, 54 anos, a 19 anos de prisão em regime fechado. O bilionário Argello é um daqueles empresários de Brasília, no seu caso, corretor de imóveis, que com a proximidade do poder alcançou o milagre da multiplicação do dinheiro — quase sempre meu, seu, nosso.



POR SONIA RACY
DIRETO DA FONTE – ESTADÃO


DORIA REAFIRMA NÃO
PRETENDER REELEIÇÃO

João Doria dispensou o avião fretado pelo Lide e voou de carona na aeronave de Flávio Rocha, dono da Riachuelo, para Buenos Aires – onde participou, na quinta-feira, na plateia e como convidado, do jantar de abertura do 21° Meeting, evento do Lide. O avião do prefeito eleito tomou outro rumo e foi para Trancoso com a família, que tirou uns dias de folga. Pela primeira vez desde que foi eleito, o tucano participa de um evento do grupo que ele fundou, mas do qual está afastado desde maio, quando passou o bastão para o ex-ministro Luiz Furlan para se concentrar em sua candidatura.

Chamado ao púlpito por Edson Godoy Bueno, da Amil, Doria foi alvo de “bullying” do amigo. “O pastel de vento que você mencionou no jornal não é daquele jeito. Eu fui pobre. Você tem que tirar um pedaço com a ponta do dedo para sair a fumaça”. A plateia veio abaixo. “Ele tem razão. Agora eu já corto o pastel para sair o calor”, respondeu o empresário. Doria, por sua vez, prometeu mais uma vez: “Não sou candidato a governador, a presidente ou à reeleição”.

Em tempo: o novo prefeito paulistano acaba de ser escolhido “Person of the Year” de 2017, tradicional prêmio dado anualmente pela Câmara Brasil-EUA a um brasileiro e outro americano que se destacaram nos seus respectivos setores. O último agraciado, do lado brasileiro, foi Armínio Fraga – e, antes dele, Fernando Henrique Cardoso. (POR PEDRO VENCESLAU)



POR CLAUDIO HUMBERTO
DIÁRIO DO PODER

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RENAN - CIDADÃO ABAIXO DE QUALQUER SUSPEITA




SENADO RESISTE A PROJETO
PARA INTIMIDAR LAVA JATO

Está longe de ser consensual ou mesmo prioritário, para merecer tanta pressa, o projeto do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) que pretende “punir abuso de autoridade” de policiais e procuradores. Ainda licenciado, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) acha o projeto “inoportuno sob todos os aspectos”. Com apoio do PT e políticos investigados, é vista como tentativa de intimidar a ação da Lava Jato.

ESTRANHA PRESSA

Indicado por Renan como relator, Romero Jucá (PMDB-RR) quer votar logo a projeto. “Quem abusa desautoriza as demais autoridades”, diz.

SOCIEDADE IRRITADA

 “Não há nenhuma prioridade para o tema”, disse Cássio Cunha Lima sobre o projeto de Renan, “que tende a irritar ainda mais a sociedade.”

REPULSA

A senadora Simone Tebet (PMDB-MT), uma das mais atuantes, acha o projeto de Renan “inoportuno, intempestivo, inadequado”, disse ela.

A FICHA DO AUTOR

Renan Calheiros, autor do projeto, responde a oito inquéritos da Lava Jato, no STF, e a outros três: casos Mendes Jr, Zelotes e Belo Monte.

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