quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O CANTO DE VÓLIA

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A ROSA E O VENTO

Não chegues assim tão forte
Qual vento de tempestade.
Bem sabes que sou frágil,
Qualquer força maior
Arranca-me as pétalas
E triste pereço.

Gosto quando vens de mansinho,
Quando te fazes brisa
O teu sopro
Em minhas pétalas
É adorável carinho.

Aí eu me entrego inteira
A tua docilidade,
E sentirás todo meu perfume.
Levarás contigo o meu melhor,
Ficarei contigo pela eternidade.

Porém, se sopras em fúria,
Arrancarás tudo de mim.
Raiz, caule, folhas, pétalas.
Poderás levar-me contigo,
Todavia estarei morta,
Isso será  meu fim.

Vem até mim mansamente
Como brisa da madrugada,
E eu te darei todo o meu suave perfume
Em canções enluaradas.

21/09/2016



Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
 engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica. 
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia) 
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance). 
Acaba de lançar seu segundo livro de poesias:
As Rosas que Nascem no Asfalto.
***
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 "Não espero nada de ninguém. Se puder ajudar, ajudo. 
Se não puder, aviso: não posso fazer nada por você, 
vá procurar adjutório em outra freguesia."
Por Orlando Silveira, em "O príncipe do samba-canção"


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