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CARTÃO
CORPORATIVO
A
última coisa em que pensam nossos governantes é
no
bem-estar da população. Eles querem é grana mesmo
POR
VLADY OLIVER
BLOG
DO AUGUSTO NUNES
EM 20/11/2016
| 19:12
É
impressionante como o governo brasileiro – qualquer governo, de qualquer matiz
ideológico – é chegado em meter a mão no bolso dos seus cidadãos.
Desavergonhadamente. De vigarices típicas como o “ouro para o bem do Brasil”,
“o petróleo é nosso” ou o confisco da poupança collorido, à bolsa família e à
última cereja deste bolo indigesto, uma tal de “repatriação”. A última coisa em
que pensam nossos ilustres governantes é no bem-estar da população. Eles querem
é grana mesmo.
Até
projetos bem intencionados, como o Bolsa Família, por exemplo, viram
imediatamente formas de manipulação rasteira, bovinismo eleitoral e vigarice
com filtros ideológicos, festejados por todo meliante como curral eleitoral de
todo encostado no barranco estatal de sempre. São os chequinhos. Nada escapa da
sanha marreta de confiscar, controlar, manipular e superfaturar tudo o que vê
pela frente.
Vejamos:
não tenho dinheiro lá fora. Nem aqui dentro, para ser mais exato. Posso intuir,
no entanto, que o crime que essas pessoas cometeram foi não acreditar em nossos
mandatários, tentando preservar parte de seu patrimônio a salvo em algum lugar
do planeta. Fraudaram o Fisco? Provavelmente. Mas o que justificaria tratar a
repatriação como uma “derrama” miserável, onde o governo quer nada menos que
30, 35, 40% de tudo o que o coitado produziu, e já se debate vigorosamente, via
bloqueios, audiências e pressões de todos os lados, pela distribuição do butim?
Os
caras nem disfarçam. Tratam o crime menor como álibi perfeito para encobrir os
rombos de crimes muito maiores, estes sim acobertados pela imensa maioria dos
políticos. É impressionante a pilantragem. Quando se fala em “repatriação”, a
cara que me vem logo à mente é a do Romero Jucá, o menestrel dessa lambança. E
em seguida a da ministra Zélia, de terrível lembrança. Para quem escapou do
pesadelo daquela época, a tal ministra era outro fantasma que arrastava
correntes no governo, planejando confiscos de dia e querendo experimentar de
noite um chicotinho novo, que acabara de comprar numa loja de brinquedos para
adultos.
É
dessa constrição mental avariada que surgem os planos mirabolantes para tungar
ainda mais dinheiro dos incautos, em causas que não são das mais republicanas,
nem das mais edificantes. Estão como pintos no lixo, a festejar uma tunga de 50 bilhões, que eles já planejam
repetir no ano que vem, inventando receitas como os pré-sais, os etanóis, as
bandeirinhas na conta de luz, os controlares e uma infinidade de mãozinhas
bobas enfiadas no bolso exausto de quem trabalha demais para sustentar
bandidos.
Os
empreiteiros estão todos presos? Qual o crime que eles cometeram? Fazer parte
de uma quadrilha que exigia, como política de Estado, propina em troca de
liberdade para tocar seus negócios? E os chefes da camorra, continuam soltos
por quê? Enquanto o país não se olhar no espelho para ver em que tipo de
bandido se transformou; se cúmplice, alheio, agente, corruptor ou corrompido,
continuaremos por aqui, a presenciar o escárnio dos miseráveis. A redenção dos
cretinos. Um presidente gastando mais que a outra no cartão corporativo.
Isso
aí é isso aí mesmo? Vai me enganando…
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