PEZÃO E CABRAL (FOTO: DIVULGAÇÃO) |
PEÇA
AS CONTAS, PEZÃO!
Porque
tudo o que o Rio não precisa nesta hora
é de
um administrador sem sagacidade
POR
RICARDO NOBLAT
BLOG
DO NOBLAT
18/11/2016
- 02h35
A
prisão de Sérgio Cabral promoveu o governador Luiz Fernando Pezão à condição de
"A Dilma do Rio de Janeiro".
O
mensalão foi descoberto em meados de 2005, mas Dilma, a então ministra das
Minas e Energia, não sabia de nada.
Tudo
bem: se Lula não sabia e não reconhece até hoje a existência do mensalão, por
que Dilma haveria de saber? Tampouco José Dirceu.
Como
substituta de Dirceu na Casa Civil, Dilma foi "traída" por
funcionários que montaram um dossiê sobre gastos com cartão corporativo do
casal Fernando Henrique Cardoso. Ela pediu desculpas ao casal.
A
Petrobras sempre foi a queridinha de Dilma. E ela presidiu seu Conselho de
Administração até o início do seu primeiro governo. Aprovou a compra da
refinaria de Pasadena, no Texas.
Mas
não, Dilma jamais soube que Pasadena seria um mico. Esconderam-lhe informações
a respeito. Muito menos que a Petrobras estava sendo assaltada sob os seus
olhos míopes, quase cegos.
Gaba-se
ainda hoje de não ter aparecido uma única prova de que roubou para si, embora
haja fortes indícios de que foi conivente com o roubo dos outros.
O
mesmo, por ora, poderá dizer Pezão. Nada se provou contra ele até aqui. E é
claro que, como Dilma, ele não fazia a mínima ideia do que se passava em torno.
Foi
o poderoso Secretário de Obras de Cabral, mas nunca ouviu falar em “oxigênio”.
A não ser quando se tratava do ar que respirava.
Foi
vice de Cabral nas mesmas condições de inocência. Completou o segundo mandato
dele sem sujar as mãos. E com o apoio dele foi eleito e reeleito metido em um
pântano que lhe parecia tão sólido como uma estrada bem asfaltada.
Digamos
que tenha sido assim mesmo. E daí? Daí que se tivesse juízo deveria pedir as
contas, entregar o governo ao vice Francisco Dornelles e ir cuidar da saúde.
Porque
tudo o que o Rio não precisa nesta hora é de um administrador sem sagacidade.
De
resto, com a queda de Cabral e a ruína do PMDB carioca, Pezão perderá o apoio
que lhe restava para seguir no cargo.
Antes
Dornelles do que em breve o chefe do clã dos Picciani, atual presidente da
Assembleia Legislativa e suspeito de corrupção.
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