domingo, 16 de outubro de 2016

FOTOGRAFIAS: ALÉCIO DE ANDRADE (2)



ISRAEL - 1971


NOVA YORK - 1973


LISBOA - 1974



RUTH CASOY - PARIS - 1975


 
DI CAVALCANTI - PARIS - 1967


PELÉ - PARIS 1971


IRLANDA - 1970

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A obra do fotógrafo carioca Alécio de Andrade (1938 – 2003) é marcada pelo olhar lírico que ele lançou sobre seus temas preferidos, agrupados em três vertentes principais: o universo lúdico da infância, os retratos de personalidades do mundo das artes e as cenas cotidianas da capital francesa. Neste último bloco, destaca-se o conjunto de imagens que produziu no Museu do Louvre, capturando aspectos surpreendentes da interação do público com as obras de arte.

Todas essas facetas estão presentes no portfólio de 265 fotografias adquirido pelo IMS em agosto de 2008 para compor uma exposição panorâmica de sua obra e o livro que a acompanhou. Ao portfólio, juntou-se uma série especial de 88 imagens do Louvre para a exposição O Louvre e seus visitantes e para o livro homônimo, lançado em 2009 pelo IMS e pela editora francesa Le Passage.

O talento múltiplo – foi também poeta e pianista amador – e a personalidade expansiva de Alécio impulsionaram sua carreira desde cedo. Logo após publicar poesias em suplementos literários cariocas no começo dos anos 1960, tornou-se amigo de escritores consagrados como Marques Rebelo e Carlos Drummond de Andrade, que em 1964 já o louvava, em poema publicado no Jornal do Brasil, como um fotógrafo de “dom sublime”. Nessa época, obteve do Ministério da Educação e Cultura o apoio para sua primeira exposição individual, Itinerário da infância, e viajou com ela até Paris, onde uma bolsa de estudos do governo francês o estimulou a ficar por algum tempo. Tempo que se prolongaria por toda a vida.

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WWW.ALECIODEANDRADE.COM

Foi correspondente da revista Manchete na capital francesa de 1966 a 1973 e, de 1970 a 1976, membro associado da famosa agência Magnum, que tivera entre seus sócios-fundadores Henri Cartier-Bresson – de quem Alécio se tornou amigo e com quem compartilhava a paixão pela câmera Leica e o fascínio pelo chamado instante decisivo.

Publicou em alguns dos principais órgãos de imprensa do Brasil, da Europa e dos EUA. Tornou-se amigo do romancista americano James Baldwin e do pianista austríaco Alfred Brendel, incorporando-os a uma galeria de retratados em que figuram ainda Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Susan Sontag, Jean Genet, Michel Foucault, Arthur Rubinstein, Pierre Cardin e todos os principais nomes da cultura brasileira que passaram por Paris nos anos 1970.

Em 1981, já estabelecido como cronista visual da cidade, Alécio coassinou, com o escritor argentino Julio Cortázar, também “parisiense”, o premiado livro Paris ou la vocation de l’image [Paris ou a vocação da imagem]. Em 1992, com bolsa da fundação Crédit Lyonnais, deu início ao minucioso estudo fotográfico sobre o Louvre, ao mesmo tempo em que vasculhava seu arquivo em busca de imagens antigas sobre o tema – como o famoso instantâneo de 1970 em que três freiras de negro se absorvem na contemplação da nudez de As Três Graças, tela de Jean-Baptiste Regnault.
Fonte: INSTITUTO MOREIRA SALLES

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