quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

POLÍTICA/OPINIÃO: RICARDO NOBLAT


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CRIAÇÃO: MAURÍCIO DE SOUZA



SETE PERGUNTAS E RESPOSTAS
SOBRE A CRISE

Jogo de cintura é para políticos. De um juiz se espera que julgue
levando em conta acima de tudo os fundamentos jurídicos da questão

POR RICARDO NOBLAT
BLOG DO NOBLAT
07/12/2016 | 08h00

O ministro Marco Aurélio Mello poderia sozinho ter tomado a decisão de afastar Renan Calheiros da presidência do Senado?

Poderia, sim, tanto que tomou.

Mas em se tratando do presidente de outro poder, Marco Aurélio não deveria antes ter submetido sua decisão ao plenário do Supremo Tribunal Federal?

O Legislativo é um poder independente. Ele, o Executivo e o Judiciário são independentes e devem agir em harmonia. Mas é o Judiciário que tem a última palavra quando se trata de interpretar e aplicar a lei. O Judiciário fala pela boca do plenário formado por 11 ministros ou pela boca de um só ministro.  
            
Sim, mas não faltou jogo de cintura ao ministro, sensibilidade para levar em conta a conjuntura dramática do país já envolvido em tantas crises?

Jogo de cintura é para políticos. De um juiz se espera que julgue levando em conta acima de tudo os fundamentos jurídicos de uma questão.

Em casos excepcionais não se pode desobedecer a uma ordem judicial?

É a Justiça que decide se um caso é ou não excepcional. Quem se sente injustiçado recorre à Justiça.

Renan Calheiros e seus companheiros de direção do Senado poderiam ter ignorado a ordem do ministro Marco Aurélio?

É claro que não.

Eles então estão sujeitos a algum tipo de punição?

Estão sim. Cometeram crime de obstrução de justiça. Por menos do que isso, Eduardo Cunha, presidente da Câmara, foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal e proibido de frequentar a Casa.

Serão punidos?

Cabe ao Supremo Tribunal Federal decidir.


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