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É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
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Tudo que não invento é falso.
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Melhor que nomear é aludir. Verso não precisa dar noção.
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A inércia é meu ato principal.
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Não saio de dentro de mim nem pra pescar.
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Palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser séria.
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Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
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Só uso a palavra para compor meus silêncios.
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A maior riqueza do homem é sua incompletude.
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Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.
Manoel
Wenceslau Leite de Barros nasceu em Cuiabá (MT), em 1916. Ainda novo, foi morar
em Corumbá (MS) e mais tarde iria para o Rio de Janeiro, para fazer a faculdade
de Direito. Viajou pela Bolívia e Peru, morou em Nova York, captou em cada um
dos lugares por onde passava um pouco da essência da liberdade, que aplicaria
em suas poesias.
Formou-se em
Direito, em 1941, na cidade do Rio de Janeiro. E já no ano seguinte publicou
“Face Imóvel” e em 1946, “Poesias”.
Na década de
1960 foi para Campo Grande (MS) e lá passou a viver como fazendeiro. Manoel
consagrou-se como poeta nas décadas de 1980 e 1990, quando Millôr Fernandes
publicava suas poesias nos maiores jornais do país.
Manoel de
Barros morreu no dia 13 de novembro de 2014. (FONTE: PENSADOR/UOL)
Grande Manoel de Barros! Magníficos pensamentos!
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