sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O CANTO DE VÓLIA


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ATEMPORAL

Era no tempo,
Em que não se contava o tempo.
Era tudo agora, eternidade,
Momento.

E o meu sonho se confundia no teu,
No tempo que não passava,
E a vida vagava,
Nas vagas dos beijos consentidos.

Era como se fosse para sempre primavera,
E tudo era quietude, quimera,
E a preguiça de uma tarde quente,
Amolentava o corpo indolente.

E tudo era tão puro...
Não havia dor, nem pecado.
Havia apenas o sorrir,
E o passar das nuvens
Num céu de brocado.

Porém, veio a procela,
E tingiu de dor,
Com as tintas sanguíneas
Da indiferença e maldade.

E do tempo que não era tempo,
Da doce alegria que nos embalou,
Ficou apenas o silêncio,
E um eco na alma, chamado saudade.

05/01/2015

***


Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
 engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica. 
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia) 
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance). 
Acaba de lançar seu segundo livro de poesias:
As Rosas que Nascem no Asfalto.
 
***
 
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Fiel ao seu estilo, o Velho Marinheiro foi incisivo: 
"Você está com medo de quê? De descobrir uma vocação enrustida? 
Seja homem, homem." 
Por Orlando Silveira, em "Novembro Azul"


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