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ATEMPORAL
Era no tempo,
Em que não se contava o tempo.
Era tudo agora, eternidade,
Momento.
E o meu sonho se confundia no teu,
No tempo que não passava,
E a vida vagava,
Nas vagas dos beijos consentidos.
Era como se fosse para sempre primavera,
E tudo era quietude, quimera,
E a preguiça de uma tarde quente,
Amolentava o corpo indolente.
E tudo era tão puro...
Não havia dor, nem pecado.
Havia apenas o sorrir,
E o passar das nuvens
Num céu de brocado.
Porém, veio a procela,
E tingiu de dor,
Com as tintas sanguíneas
Da indiferença e maldade.
E do tempo que não era tempo,
Da doce alegria que nos embalou,
Ficou apenas o silêncio,
E um eco na alma, chamado saudade.
05/01/2015
***
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica.
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
Acaba de lançar seu segundo livro de poesias:
As Rosas que Nascem no Asfalto.
***
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Fiel
ao seu estilo, o Velho Marinheiro foi incisivo:
"Você está com medo de
quê? De descobrir uma vocação enrustida?
Seja homem, homem."
Por Orlando
Silveira, em "Novembro Azul"
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