quarta-feira, 19 de outubro de 2016

QUASE HISTÓRIAS


POMPEU

Ninguém acreditava no que via e ouvia. Pompeu era pura gentileza. Justo ele – um estúpido confesso. Disse bom dia ao porteiro, cumprimentou o vizinho, elogiou o café e o pão com manteiga da padaria, deu caixinha para o garoto do supermercado, ajudou o cego a atravessar a avenida, acariciou o cachorro vadio, pediu licença, rogou desculpas, sorriu. Alguém quis saber por que aquilo tudo. “Cansei de ser infeliz”.

SEM OPÇÃO

-- Não se faça de besta, besta você não é. Não suporto mais sua pessoa. Vá para o inferno, Ernesto.

-- Eu sei. Madalena, eu sei, eu sempre soube.

-- Então, por que não vai embora?

-- Porque não tenho para onde ir.



Um comentário:

  1. POMPEU

    Ninguém acreditava no que via e ouvia. Pompeu era pura gentileza. Justo ele – um estúpido confesso. Disse bom dia ao porteiro, cumprimentou o vizinho, elogiou o café e o pão com manteiga da padaria, deu caixinha para o garoto do supermercado, ajudou o cego a atravessar a avenida, acariciou o cachorro vadio, pediu licença, rogou desculpas, sorriu. Alguém quis saber por que aquilo tudo. “Cansei de ser infeliz”.👍a Felicidade dos detalhes⚘

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