ESTE FILME JÁ PASSOU.
E O FINAL É CONHECIDO
BLOG DO NOBLAT - 25/08/2016
- 04h32
(Por Ricardo Noblat) Duas testemunhas de
acusação serão ouvidas, hoje, pelo Senado na reta final do processo de
impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, a consumar-se na próxima
semana. Seis, de defesa, serão ouvidas amanhã.
Elas
repetirão o que já disseram em sessões anteriores do Senado destinadas ao mesmo
assunto. Bem como se repetirão as perguntas que os senadores lhe farão, todos
eles interessados em obter respostas favoráveis ou contrárias ao impeachment.
Dificilmente
algo de novo virá à luz. Cumpre-se o ritual estabelecido pelo Supremo Tribunal
Federal. Cada um dos 81 senadores já sabe como votará, embora meia dúzia deles
ainda faça questão de esconder de público se votará a favor ou contra o
impeachment.
Dilma
só contou com 22 votos quando o Senado admitiu a instauração do processo. Mais
recentemente, perdeu um dos 22 votos. Arrisca-se a só conseguir agora entre 18
e 20. Precisaria de 28 para não ter o mandato cassado nem os direitos políticos
suspensos.
Ela
mente quando diz que irá ao Senado se defender na próxima segunda-feira com a
esperança de convencer senadores a absolvê-la. Não, ela não tem esperança
alguma. Irá para viver o papel de presidente afastada pelo que ela chama de
“golpe”.
Seu
discurso, ali, será essencialmente político. Ela não falará para os senadores,
mas para a História. E espera que a História a absolva do crime de ter gastado
além do que o Congresso a autorizara, e do desastre de ler levado o país a uma
terrível recessão.
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