A FARSA: DOCUMENTÁRIO PETISTA |
O
PRIMEIRO DIA DO JULGAMENTO:
PETISTAS
ESTRELAM UMA FARSA
E ATUAM
PARA UM FILME
BLOG
DO REINALDO – 26/08/2016 às 1:27
(Por
Reinaldo Azevedo)
Um espetáculo deprimente. A isso se assistiu nesta quinta-feira, no primeiro
dia do julgamento da presidente afastada, Dilma Rousseff. Os petistas e
assemelhados sabem que nada mais têm a perder a não ser a vergonha. E a perdem
com impressionante ligeireza. Estão, como veremos, estrelando uma farsa. Estão
posando para as câmeras.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) desponta
como exemplo de truculência sem limites, a não reconhecer nem mesmo a
instituição que a abriga. Disse ao menos duas vezes que o Senado não tem moral
para julgar Dilma — um julgamento comandado pelo presidente do Supremo, Ricardo
Lewandowski. A primeira gerou um bate-boca em que Lindbergh Farias (PT-RJ)
chamou Ronaldo Caiado (DEM-GO) de “canalha”, ouvindo deste que é um viciado em
drogas que tem de “fazer teste antidoping”.
Na segunda vez, Gleisi foi advertida por
Lewandowski: “Não volte a mencionar essa expressão”. A mulher do ex-presidiário
preventivo Paulo Bernardo não se deu por achada: “Essa Casa conspirou contra a
presidente Dilma, tivemos as pautas-bombas”.
O petista Paulo Rocha (PT-PA) vociferou, num
determinado momento, que havia membros do Judiciário com posição política. E
citou nominalmente Gilmar Mendes, que foi defendido pelos senadores Ana Amélia
(PP-RS) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Não por acaso, o senador ataca um dos
apenas três de onze ministros que não foram nomeados por Lula ou por Dilma.
Os petistas, escoltados sempre pela barulhenta
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), sabem que a causa está perdida. Agora buscam
provocar o maior dano possível ao governo em curso, que se tornará definitivo
em breve, e ao Brasil. O que se quer a todo custo é dar verossimilhança à
narrativa do golpe. Um documentário defendendo essa tese está sendo rodado.
Quando os petistas estrilam, estão, na verdade, representando. Ainda que sejam
patetas se fingindo daquilo que deveras são.
YOUTUBE |
TESTEMUNHA
INFORMANTE
A testemunha de acusação mais articulada,
preparada e técnica, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, falou como informante,
não mais como testemunha. A sua suspeição foi pedida pela defesa de Dilma
porque ele chegou a se manifestar no Facebook em favor dos protestos
pró-impeachment.
Que importância isso tem? Nenhuma! Aliás, o
informante é até mais livre do que a testemunha, que é instada, afinal, a falar
apenas sobre coisas que presenciou, com o compromisso de dizer a verdade. As
obrigações de um informante são bem menores.
Ocorre, meus caros, que o juiz, nesse caso, são
juízes — 80 ou 81 se Renan Calheiros votar. Se o mais uma vez muito preciso e
técnico depoimento de Oliveira foi o de uma testemunha ou de um informante, eis
uma coisa de uma irrelevância danada. Não será isso a definir o voto do
senador, mas a qualidade do que foi dito.
A defesa de Dilma tem lá as suas graças. Uma de
suas testemunhas é o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, sócio e membro do
conselho editorial da revista “Carta Capital”, abertamente contrária ao
impeachment — mesma posição de Belluzzo — e aquinhoada, nos tempos do petismo,
com generosa verba publicitária oficial. Será que ele pode ser testemunha?
Ester Dweck, outro nome apresentado pela
Afastada, foi nomeada para um cargo no Senado pela insaciável Gleisi Hoffmann.
Talvez a acusação não devesse arguir a sua suspeição. Assim eles são obrigados
a dizer a verdade. Pode ser mais divertido.
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DOCUMENTÁRIO
E podem se preparar! Os petistas e afins estão
armando um verdadeiro circo porque, a esta altura, já se comportam como atores.
São farsantes! Como informou VEJA.com, existe um projeto chamado “Impeachment”,
que consiste num documentário dirigido por Petra Costa.Trata-se de tentar
emprestar verossimilhança à tese mentirosa do golpe. Quando Lindbergh,
Vanessa e Gleisi fazem suas estripulias, sabem
que estão sendo filmados. Querem depois parar no cinema.
Desde 13 de março, segundo a reportagem, quando
houve a maior manifestação da história — e foi a favor do impeachment —, Petra
diz ter mais de 500 horas de gravação.
Reproduzo um trecho da reportagem, que explica
o filme crítico ao impeachment:
“Lula emerge como um dos principais personagens
da história, que deverá ser exibida no Brasil e no exterior em 2017. Nos
últimos meses, o ex-presidente tem montado uma agenda pensada com o objetivo de
produzir imagens que se encaixam no enredo.
VEJA acompanhou os bastidores das gravações
realizadas em julho no Recife e no interior de Pernambuco. Ali, tudo parecia
uma encenação. Enquanto criticava o presidente interino Michel Temer e o juiz
Sergio Moro, Lula olhava para as câmeras, gesticulava, abraçava crianças, acariciava
trabalhadores.
Durante uma visita a um assentamento do
Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), um drone filmava o
ex-presidente caminhando no meio de uma plantação. Num dado momento em que o
aparelho se aproxima, ele ergue para o céu um punhado de mandiocas que haviam
sido colhidas e faz uma breve saudação, sorrindo para a câmera”.
ENCERRO
Toda a gritaria de petistas e afins, a que vocês
assistirão até a hora final, é parte de uma encenação grotesca.
Os farsantes, ora vejam!, dedicam-se a uma
farsa. Faz sentido.
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