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DILMA GOURMETIZADA
(Por Carlos
Brickmann) Uma das primeiras medidas de Michel Temer, ao
tomar posse na Presidência, foi extinguir o Ministério do Desenvolvimento
Agrário, fortaleza dos petistas ligados a movimentos como MST e a militantes
como João Pedro Stedile. Mas Temer está voltando atrás: deve recriar o MDA em
setembro, igual ao que era – sem sequer uma placa de Sob Nova Direção.
Temer assumiu propondo cortes de despesa. Mas aprovou quase 200
bilhões em aumentos salariais. A proibição de aumento de salários nos Estados
beneficiados pela renegociação de dívidas com a União, que o ministro Meirelles
dizia ser inegociável, já foi negociada. Aquele déficit insuportável no
Orçamento de Dilma, de R$ 170,5 bilhões, que Temer tinha a missão de cortar, já
atingiu agora, em agosto, pouco menos de R$ 170 bilhões. Até dezembro, a que
quantia chegará?
A situação melhorou de Dilma pra cá. A Petrobras, livre da ordenha,
deu lucro no trimestre – nada sensacional, mas melhor que o prejuízo dos três
trimestres anteriores. Mas o que melhorou teve como causa a saída de Dilma, não
a entrada de Temer. O presidente em exercício hesita na hora de agir com
firmeza; aceita a situação político-econômica como se fosse boa.
Temer é mais aceitável que Dilma. É afável, não trata subordinados a
palavrões, conhece mesóclises, fala um Português impecável. Mas falta-lhe
decisão.
E o povo não foi para as ruas por querer uma Dilma bem-educada.
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