Arte: Antonio Lucena |
TEMER
JOGA A TOALHA
Temer
tinha tudo para ser bem-sucedido.
Agora
ficará na História como o presidente
duas
vezes denunciado por corrupção
Por
Ricardo Noblat
Blog
do Noblat - 07/11/2017 - 03h18
Com
pelo menos dois ou três meses de atraso, o presidente Michel Temer finalmente
admitiu que a reforma da Previdência não será aprovada pelo Congresso. Se for,
não passará de um arremedo de reforma, ficando a reforma de verdade para ser
feita pelo próximo governo.
Para
que não se diga mais tarde que a possível rejeição da proposta de reforma
enfraquecerá o governo, Temer afirmou que a sociedade “tem de querer a mudança
nas aposentadorias”. Ou seja: o fracasso da reforma deverá ser debitado na
conta da sociedade que não quis, não na dele.
Quem
disse a Temer que a reforma trabalhista foi aprovada por que a sociedade quis?
Mais de uma vez consultada, ela disse que não queria. A reforma passou porque
Temer teve força para aprová-la no Congresso. Porque ele e o Congresso se
puseram de acordo.
Antes
de ser atingido por duas denúncias de corrupção, Temer dispunha de cacife
político para aprovar a reforma da Previdência. Seria uma tarefa mais difícil
do que foi aprovar a reforma trabalhista e o congelamento dos gastos do governo
por um período de 20 anos.
Mas
com empenho e oferecendo recompensas em troca de votos, Temer tinha tudo para
ser bem-sucedido. Passaria à História como “o presidente das reformas”. Sonhava
em aprovar depois a reforma tributária. Agora ficará na História como o
presidente duas vezes denunciado por corrupção.
Foi
ele que escreveu seu próprio epitáfio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário