Foto: arquivo Google |
BOM
TAMANHO
O
ex-presidente Lula e o senador Renan Calheiros
continuam
sendo grandes amigos e grandes aliados.
Fora
Temer. Fora golpe. Fica Renan
Por
J. R. Guzzo
veja.abril.com.br/blog/fatos
06/11/2017
Uma
coisa ninguém pode negar ao ex-presidente Lula: continua a acreditar que o
PMDB, esse partido tão criticado hoje em dia (“Fora Temer”, etc., etc.), está
sendo vítima de um grande mal-entendido. Seus próprios companheiros do PT vivem
dizendo que o PMDB promoveu um golpe de Estado, está fazendo um rapa no Tesouro
Nacional e tenta legalizar o trabalho escravo no Brasil. Mas ele mesmo, Lula,
parece achar que tudo isso é uma grande injustiça. De Temer e outros gigantes
da base aliada como Geddel Vieira Lima, Henrique Alves e mais uma fieira de
presidiários que foram ministros no seu governo e no governo de Dilma Rousseff,
Lula não fala nada. Também não fala mal: simplesmente não abre a boca a
respeito. Mas se lhe dão uma chance, por pequena que seja, o ex-presidente está
sempre pronto a descobrir grandes brasileiros nos aliados tão queridos de
outrora. Ninguém poderia demonstrar isso tão bem como o senador Renan Calheiros
– ele mesmo, Renan Calheiros em carne e osso, que em qualquer exame de
paternidade revela o mais puro DNA que se poderia cobrar de um político do
PMDB. Renan, hoje, é o maior aliado de Lula fora do próprio PT. É fidelidade
para ninguém botar defeito.
Esse
“maior” pode não significar grande coisa em termos de tamanho, popularidade ou
força eleitoral, mas um Renan é um Renan – passou a ser tratado como um homem
importante pela mídia depois deste seu último surto de amizade com Lula, foi
absolvido de tudo o que era acusado até então e está na classe “A” do
noticiário. O fato é que está prestigiadíssimo no PT, nos movimentos sociais e
no meio artístico que assina manifestos. Está tão forte que, segundo foi
noticiado, recebeu a promessa de apoio de Lula e de seu partido nas eleições de
2018 em Alagoas. Em troca, Renan poderia conceder ao PT a candidatura a
vice-governador do estado ou, se isso for muito, a Secretaria Estadual da
Educação – a ser oferecida, talvez, a um líder do movimento gay alagoano. É a vida.
Ainda outro dia, Lula aparecia ao lado de Barack Obama, recebia diplomas de
doutor honoris causa e se imaginava negociando nada menos que a paz mundial com
o Irã e as grandes potências. (Na vida real estava negociando apenas com o seu
chanceler Celso Amorim, mas e daí? Quem se importa com esses detalhes?) Hoje a história é outra. A Secretaria da
Educação de Alagoas já está de bom tamanho.
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