sábado, 2 de setembro de 2017

A COLUNA DO CLÓVIS



A FEIRA DE CARUARU

(Por Clóvis Campêlo) Comecemos pela Wikipédia: “A Feira de Caruaru é um importante mercado ao ar livre da cidade brasileira de Caruaru em Pernambuco. Na feira são vendidos produtos das mais variadas naturezas, desde frutas, verduras, cereais, ervas medicinais, carnes, bem como produtos manufaturados como roupas, calçados, bolsas, panelas e outros utensílios para cozinha, móveis, animais, ferragens, miudezas, rádios, artigos eletrônicos e importados. Considerada uma das maiores feiras ao ar livre do país, a Feira de Caruaru atrai pessoas de todo o Nordeste brasileiro. A feira foi considerada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial do Brasil”.

Segundo o site do Iphan, “a Feira surgiu em uma fazenda localizada em um dos caminhos do gado, entre o sertão e a zona canavieira, onde pousavam vaqueiros, tropeiros e mascates. No final do século XVIII, foi construída nesse local a capela de Nossa Senhora da Conceição que ampliou a convergência social e fortaleceu as relações de trocas comerciais no local. Assim, a feira cresceu com a cidade e se tornou um dos principais motores do seu desenvolvimento social e econômico”.

Ainda segundo o Iphan, “essa enorme feira livre, frequentada por milhares de pessoas que compram carne, frutas, verduras, cereais, flores, raízes e ervas, panelas e outros utensílios de barro, calçados, vestuário, ferramentas, móveis e eletrodomésticos usados, e ferro velho. Há espaço do artesanato ou Feira dos Artistas onde são vendidas peças de barro, madeira, pedra, metal, palha, coco, cordas, couro, tecidos, bordados e lã, além de muitos outros materiais. Barracas vendem comidas típicas (sarapatel, buchada, cuscuz, macaxeira, carne de bode, de sol, mungunzá, xerém e coalhada, entre outras) enquanto poetas e repentistas mostram seus versos”.


Essa diversidade tamanha inspirou o compositor Onildo Almeida a compor música homônima, gravada por ele sem muita repercussão em 1956, e transformada em sucesso nacional no ano seguinte, na voz de Luiz Gonzaga.

Segundo o Diário do Nordeste, em texto de Fernando Maia, “os versos do compositor caruaruense são a síntese do que representa para os nordestinos essa autêntica realização popular. Não há qualquer exagero de que ali tem de tudo. Localizada no Parque 18 de Maio – data da emancipação política da cidade – ocupa uma área de 43 hectares, sem contar com mais de 15 hectares que são destinados para o estacionamento de ônibus, caminhões, vans e veículos particulares, que chegam todos os dias de várias localidades do Nordeste”.

Segundo o site G1, da Globo, em matéria de Joalline Nascimento, “A música ‘A Feira de Caruaru’ foi apresentada pela primeira vez ao público na extinta Rádio Difusora, onde Onildo trabalhava. Ele estava operando um programa em um dia de domingo quando aproveitou para melhorar a letra. "Enquanto eu lia a música, Rui Cabral, que animava o programa, chegou. Ele perguntou o que era e eu disse que era uma música. Ele disse: 'Com essas bugigangas todas?' Falei que sim e ele me pediu para cantar", recorda o compositor”.

Ainda segunda a mesma matéria, “o rei do baião estava em Caruaru no ano de 1957 quando ouviu a música pela primeira vez. Onildo ainda não conhecia Gonzaga. "Eu conheci ele quando perguntou se a música era minha e me pediu para gravar. Claro que eu deixei". No mesmo ano, Luiz Gonzaga pediu para que Onildo fizesse uma letra em comemoração ao centenário de Caruaru. Foi quando ele compôs "Capital do Agreste". As duas músicas fizeram parte de um mesmo disco do rei do baião”.





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