A
FEIRA DE CARUARU
(Por
Clóvis Campêlo) Comecemos pela Wikipédia:
“A Feira de Caruaru é um importante mercado ao ar livre da cidade brasileira de
Caruaru em Pernambuco. Na feira são vendidos produtos das mais variadas
naturezas, desde frutas, verduras, cereais, ervas medicinais, carnes, bem como
produtos manufaturados como roupas, calçados, bolsas, panelas e outros
utensílios para cozinha, móveis, animais, ferragens, miudezas, rádios, artigos
eletrônicos e importados. Considerada uma das maiores feiras ao ar livre do
país, a Feira de Caruaru atrai pessoas de todo o Nordeste brasileiro. A feira
foi considerada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
como patrimônio imaterial do Brasil”.
Segundo o site do Iphan, “a Feira
surgiu em uma fazenda localizada em um dos caminhos do gado, entre o sertão e a
zona canavieira, onde pousavam vaqueiros, tropeiros e mascates. No final do
século XVIII, foi construída nesse local a capela de Nossa Senhora da Conceição
que ampliou a convergência social e fortaleceu as relações de trocas comerciais
no local. Assim, a feira cresceu com a cidade e se tornou um dos principais
motores do seu desenvolvimento social e econômico”.
Ainda segundo o Iphan, “essa enorme
feira livre, frequentada por milhares de pessoas que compram carne, frutas,
verduras, cereais, flores, raízes e ervas, panelas e outros utensílios de
barro, calçados, vestuário, ferramentas, móveis e eletrodomésticos usados, e
ferro velho. Há espaço do artesanato ou Feira dos Artistas onde são vendidas
peças de barro, madeira, pedra, metal, palha, coco, cordas, couro, tecidos,
bordados e lã, além de muitos outros materiais. Barracas vendem comidas típicas
(sarapatel, buchada, cuscuz, macaxeira, carne de bode, de sol, mungunzá, xerém
e coalhada, entre outras) enquanto poetas e repentistas mostram seus versos”.
Essa diversidade tamanha inspirou o
compositor Onildo Almeida a compor música homônima, gravada por ele sem muita
repercussão em 1956, e transformada em sucesso nacional no ano seguinte, na voz
de Luiz Gonzaga.
Segundo o Diário do Nordeste, em
texto de Fernando Maia, “os versos do compositor caruaruense são a síntese do
que representa para os nordestinos essa autêntica realização popular. Não há
qualquer exagero de que ali tem de tudo. Localizada no Parque 18 de Maio – data
da emancipação política da cidade – ocupa uma área de 43 hectares, sem contar
com mais de 15 hectares que são destinados para o estacionamento de ônibus,
caminhões, vans e veículos particulares, que chegam todos os dias de várias
localidades do Nordeste”.
Segundo o site G1, da Globo, em
matéria de Joalline Nascimento, “A música ‘A Feira de Caruaru’ foi apresentada
pela primeira vez ao público na extinta Rádio Difusora, onde Onildo trabalhava.
Ele estava operando um programa em um dia de domingo quando aproveitou para
melhorar a letra. "Enquanto eu lia a música, Rui Cabral, que animava o
programa, chegou. Ele perguntou o que era e eu disse que era uma música. Ele
disse: 'Com essas bugigangas todas?' Falei que sim e ele me pediu para
cantar", recorda o compositor”.
Ainda segunda a mesma matéria, “o rei
do baião estava em Caruaru no ano de 1957 quando ouviu a música pela primeira
vez. Onildo ainda não conhecia Gonzaga. "Eu conheci ele quando perguntou se
a música era minha e me pediu para gravar. Claro que eu deixei". No mesmo
ano, Luiz Gonzaga pediu para que Onildo fizesse uma letra em comemoração ao
centenário de Caruaru. Foi quando ele compôs "Capital do Agreste". As
duas músicas fizeram parte de um mesmo disco do rei do baião”.
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