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Tenho duas
armas para lutar contra o desespero,
a tristeza e
até a morte:
o riso a
cavalo e o galope do sonho.
É com isso
que enfrento essa dura
e fascinante
tarefa de viver.
***
Eu digo
sempre que das três virtudes teologais chamadas,
eu sou fraco
na fé e fraco na qualidade,
só me resta a
esperança.
Eu sou o
homem da esperança.
***
Que eu não
perca a vontade de ter grandes amigos,
mesmo sabendo
que, com as voltas do mundo,
eles acabam
indo embora de nossas vidas.
***
O otimista é
um tolo. O pessimista, um chato.
Bom mesmo é
ser um realista esperançoso.
***
Cumpriu sua
sentença.
Encontrou-se
com o único mal irremediável,
aquilo que é
a marca do nosso estranho destino sobre a terra,
aquele fato
sem explicação que iguala tudo
o que é vivo
num só rebanho de condenados,
porque tudo o
que é vivo, morre.
(Em O Auto da Compadecida)
***
A
massificação procura baixar a qualidade artística
para a altura
do gosto médio.
Em arte, o
gosto médio é mais prejudicial do que o mau gosto...
Nunca vi um
gênio com gosto médio.
***
Arte pra mim
não é produto de mercado.
Podem me
chamar de romântico.
Arte pra mim
é missão, vocação e festa.
Ariano Vilar Suassuna (16/06/1927,
João Pessoa, Paraíba – 23/07/2014, Recife, Pernambuco) foi dramaturgo,
romancista, ensaísta, poeta e professor. Na década de 70, fundou o Movimento
Armorial, que tinha como objetivo utilizar a cultura popular para formar uma
arte erudita. Suas peças mais conhecidas são “Auto da compadecida”, de 1957, e
“O Santo e a Porca”, de 1964. Na Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira
número 32, cujo patrono é Araújo Porto Alegre.
Republico, às 15h30, no blog: www.robsonsampaio.com.br. A coluna Cidades Online, no sábado e, no domingo e na 2ª.-feira, Teatro da Vida/Causos – Frases – Poesias e notícias. Divulguem e mandem notas e denúncias para o e-mail: rsampaioblog@gmail.com. Abs e obg.
ResponderExcluirAdoro tudo de Ariano Suassuna
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