Palocci, nos traços de J. Bosco |
NA
MEMÓRIA DO INSTITUTO LULA
ANTONIO
PALLOCCI É FABULOSO
Por Josias
de Souza
UOL –
17/09/2017 | 18:37
O
diretório do PT de Ribeirão Preto abrirá nesta segunda-feira um processo que
levará à expulsão de Antonio Palocci do partido. Tratado como filiado tóxico
desde que soltou sua língua presa em depoimento a Sergio Moro, o personagem
sobrevive na memória do Instituto Lula como um petista de mostruário. Entre os
guardados da entidade há, por exemplo, uma entrevista de Lula a um jornal da
cidade natal de Palocci. Coisa de fevereiro de 2014.
Lero
vai, lero vem o repórter pergunta a Lula: “Depois de Palocci, Ribeirão Preto
não teve outra liderança petista forte. Existe alguma estratégia do partido
para mudar este quadro?” Lula respondeu: “O PT de Ribeirão Preto tem quadros
políticos importantes, agora querer que nasça um Palocci a cada ano é
impossível. Porque pessoas da competência política do Palocci não surgem a cada
dia, a cada ano. Demora muito tempo para nascer.” (veja reprodução abaixo)
Fica
entendido que, no Partido dos Trabalhadores, o critério que define o que merece
a exaltação ou a execração não é o crime, mas a capacidade do criminoso de não
delatar os seus cúmplices.
O
artigo 231 do estatuto do partido prevê a expulsão dos filiados que incorrerem
em “inobservância grave da ética”. Ou que praticarem “improbidade no exercício
de mandato parlamentar ou executivo, bem como no de órgão partidário ou função
administrativa”. Ou que sofrerem ''condenação por crime infamante ou por
práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado.''
Dirigentes
condenados e presos no mensalão jamais foram submetidos ao conselho de ética do
PT. Reincindentes do petrolão, como José Dirceu, são cultuados pelos devotos
petistas como “guerreiros do povo brasileiro”. Palocci vai à fogueira por ter
desonrado a omertà. Quebrou o código
de silêncio sobre os crimes da famiglia.
Pior: levou à bandeja da Lava Jato o poderoso chefão. Imperdoável!
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