Um dia, quem sabe... os meus olhos, revejam a praia,
onde numa noite, enfeitada de prata, as ondas desnudaram
a minha pele, despertando na menina, a mulher que se fazia...!
Um dia, quem sabe... as ondas daquela mar distante, me
abracem, e tragam de volta, a menina que fui...
REDENÇÃO
Olhar
esquivo
prelúdio
triste
de
um amor perdido:
possuída
e não amada...
nas
vielas nocturnas,
esgraveta
a solidão
em
busca de uma ilusão...
enquanto
a noite ensaia
a
face do infinito
no
índice do amanhecer.
De
mentira e verdade
dorme
e acorda
assimilando
um vazio
coroado
de abandonos
e
despido de preconceitos...
labareda
desgovernada
no
corpo em declínio:
de
tanto se dar... sem cuidar;
tem
noites e dias, sitiados pela dor.
Ansiando
um passado
partilhado
de cumplicidades,
esbanja
o futuro
acossada
pelos silêncios
que
não conhecem redenção.
Ana
Andrade
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