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A GRANDE MENTIROSA
BLOG DO NOBLAT - 25/04/2016
- 01h15
(Por Antônio Risério) Quando
vi imagens de uma manifestação contra o “golpe” em Nova York, não resisti e
comentei com meus botões: deve ser o pessoal que faz compras na 25 de março...
brasileirinhos bem alimentados em defesa da senhora Rousseff, corajosa e honesta
representante de nossa “elite branca”, para falar nos termos da antropologia
lulista.
Não
entendo, aliás, a razão dos petistas insistirem tanto nesse elogio: corajosa e honesta.
Estas palavras não querem dizer nada politicamente, quando usadas fora de
contexto. Afinal, Hitler era corajoso e honesto. Quanto à senhora Rousseff,
especialista em tentar tapar o sol com a peneira, melhor pôr em dúvida pelo
menos um dos adjetivos. Honesta, mas... faz vista grossa à corrupção, acoberta
malfeitores e se beneficia pessoalmente da situação, canalizando propinas para
permanecer no poder, segundo delações marqueteiras que não surpreenderam
ninguém com algum conhecimento do assunto.
Um
adjetivo, no entanto, qualifica sem ressalvas a senhora Rousseff. Ela é
mentirosa. Vimos isso na campanha eleitoral de 2010, quando ela definiu, entre
suas quatro prioridades, a realização de uma grande reforma urbana nacional –
e, depois de eleita, fez de conta que não tinha nada a ver com o assunto. A
verdade é que Dilma entrou em cena mentindo – e vai sair do mesmo modo. Todos
se lembram de que ela enfiou em seu currículo um doutorado na Unicamp, que
nunca chegou a concretizar. E, sempre que se vê em algum perigo político, a
dama indigna acusa os adversários de estarem se preparando para extinguir seus
“programas sociais”.
Dilma
finge que foi democrata.
E
prosseguirá mentindo por toda a eternidade
A
campanha presidencial de 2014, espetacularmente mentirosa, foi pura
delinquência. Dilma promoveu ataques criminosos a Marina, personalidade
realmente digna da recente história política do Brasil. E dizia que, se um de
seus adversários fosse eleito, baixaria medidas “contra o povo brasileiro” –
exatamente as medidas que ela começou a colocar em prática, assim que tomou
posse.
Mas
sua mentira mais duradoura é dizer que, durante a ditadura militar, lutou pela
democracia. Ela nunca fez isso. Foi militante de uma organização clandestina –
a Polop – que, em sua pregação “marxista-leninista”, considerava a democracia
uma coisa burguesa. Dilma defendia, então, que era preciso substituir a
“ditadura dos patrões” (como os polopianos discursavam nas passeatas da década
de 1960) pela ditadura do proletariado. Democracia, nem pensar.
Antônio
Risério é escritor, autor de, entre outros, "A Utopia Brasileira e os
Movimentos Negros" (2007), "A Cidade no Brasil" (2012) e do
romance "Que Você É Esse?" (a ser lançado em junho pela editora
Record)
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