sábado, 9 de abril de 2016

O CANTO DE VÓLIA


CÓDIGOS

Quisera pudesses enxergar
Os sinais que vivo a te enviar,
Entre um e outro piscar,
Quando me flagras a te olhar.

Talvez, teus olhos vissem
Meus sonhos de tanto amar,
Porém, és cego de mim,
E não sabes do meu sonhar.

Quisera pudesses ouvir
Os segredos que vivo a te sussurrar,
Entre os silêncios e pausas,
Quando me descobres sozinha a falar.

Talvez, teus ouvidos escutassem
Da minha alma o falar,
Porém, és surdo de mim,
E não podes me escutar.

Quisera pudesses decifrar
Os códigos que vivo a te enviar,
Nas entrelinhas dos poemas,
Quando me encontras sozinha a versejar.

Talvez, tua alma entendesse
Meus poemas de tanto amar,
Porém, és leigo de mim,
E não sabes me decifrar.

E ao meu lado caminhas assim,
Em um desencontro sem fim,
Porque és cego de mim,
Porque és surdo de mim,
Porque és leigo de mim...

Eu, porém, ainda sigo, sonhando:
A te enviar mensagens,
A te contar meus segredos,
A meus códigos te revelar...
Talvez, um dia despertes,
E, decifrando-me, conheças-me.
E aprendas a minha alma amar.

07/09/15




Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
 engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica. 
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia) 
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário