AUTÓPSIA DE UM AMOR QUE MORREU
Segredos
guardados
Em
baús de incômodos silêncios.
Olhares
que se desviam...
E
palavras que morrem
Em
lábios crispados
Em
falsos risos.
O
frio vento,
Que
leva as doces palavras
Não
ditas.
E as
lágrimas reprimidas,
Guardadas
nas fronhas,
Dos
silenciosos prantos noturnos.
Os
poemas escritos para ninguém,
De
rimas solitárias,
De
versos tão tristes,
Vestidos
da falsa castidade
Dos
santos.
E o
fogo intérmino do desejo reprimido.
Viagens
solitárias,
Distantes
do real.
Mergulhos
em mundos surreais,
E
sonhos psicodélicos.
Estranhos
poemas védicos.
Há
sempre um lado obscuro,
Em
algum sonho puro,
Quando
o amor vai se perdendo,
Aos
pouquinhos...
E no
silêncio das mágoas pueris,
Vai
morrendo em um choro sufocado,
De
uma saudade que quer se consumir,
Como
uma música que chegou ao fim.
27/12/2014
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica.
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
Nenhum comentário:
Postar um comentário