domingo, 3 de setembro de 2017

LÍNGUA AFIADA: NISE DA SILVEIRA


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NISE DA SILVEIRA (FOTO: ARQUIVO GOOGLE)

Para navegar contra a corrente são necessárias condições raras: espírito de aventura, coragem, perseverança e paixão.

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Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou lhes fazer um pedido: vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas ajuizadas.

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É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade.

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A contaminação psíquica é pior que piolho. Vai passando de uma cabeça para outra, numa rapidez incrível. E, como você sabe, todo mundo já pegou piolho.

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Há no meu temperamento essa fúria. Quando eu quero uma coisa, eu insisto. Todo o dia, sem falta, eu levantava cedo, pegava o ônibus e ia trabalhar em Engenho de Dentro. Todo dia, todo dia... Nada me tirava daquele caminho.

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Só os loucos e os artistas podem me compreender.


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Todo mundo deve inventar alguma coisa, a criatividade reúne em si várias funções psicológicas importantes para a reestruturação da psique. O que cura, fundamentalmente é o estímulo à criatividade. Ela é indestrutível. A criatividade está em toda parte.

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“Porque passei pela prisão, eu compreendo as pessoas e os animais que estão doentes, pobres, que sofrem. Eu me identifico com eles. Sinto-me um deles.”




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NISE (FOTO: ARQUIVO GOOGLE)


Nise da Silveira (Maceió, 15 de fevereiro de 1905 — Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1999) foi uma renomada médica psiquiatra brasileira e aluna de Carl Jung.

Dedicou sua vida à psiquiatria. Manifestou-se radicalmente contrária às formas agressivas de tratamento de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia

Durante a Intentona Comunista (23 de novembro de 1935), foi denunciada por uma enfermeira pela posse de livros marxistas. Ficou detida no presídio Frei Caneca por 18 meses. Ali, também se encontrava preso Graciliano Ramos. Nise tornou-se uma das personagens de seu livro Memórias do Cárcere.

De 1936 a 1944, permaneceu com seu marido na semi-clandestinidade, afastada do serviço público por razões políticas. Durante seu afastamento fez uma profunda leitura reflexiva das obras de Spinoza, material publicado em seu livro Cartas a Spinoza em 1995. (FONTE: WIKIPÉDIA)



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GLÓRIA/NISE E PERSONAGENS (FOTO: DIVULGAÇÃO)




Vale a pena assistir ao filme Nise – O Coração da Loucura, dirigido por Roberto Berliner e estrelado por Glória Pires. O filme conta a história da psiquiatra alagoana Nise da Silveira (1905-1999), que inovou o tratamento oferecido para as pessoas com problemas mentais e, em especial, para aquelas com esquizofrenia. Ela propôs e aplicou formas alternativas de cuidados, com base na arte, no afeto e no convívio com animais, em substituição a métodos agressivos e comparáveis à tortura. Na NETFLIX.


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