E CABEÇA ORDINÁRIA |
DILMA TEM
DE SER
COERENTE
COM O QUE DIZ
E VOLTAR
À LUTA ARMADA
Por
Reinaldo Azevedo – 01/09/2016 às 4:48
Não sei se entendi direito a fala da ex-presidente
Dilma. Temos uma incompatibilidade fundamental. Eu sou fanaticamente lógico. E
a presidente é patologicamente ilógica. Então as coisas se complicam entre nós.
Eu aposto sempre no sentido das palavras. Dilma é viciada em anacolutos
sintáticos e mentais. Então vamos lá.
Ela resolveu abusar da fala condoreira em seu
primeiro pronunciamento depois do impeachment, cercada de sua Armata
Brancaleone. E disparou:
“Apropriam-se do poder por meio de um golpe de
Estado. Esse é segundo golpe que enfrento na vida. O primeiro, um golpe militar
apoiado na truculência das armas da repressão e da tortura, que me atingiu
quando eu era uma jovem militante. O segundo, parlamentar, desfechado hoje por
meio de uma farsa jurídica que me derruba do cargo para o qual fui eleita pelo
povo. É uma inequívoca eleição indireta”.
Mas calma que vem mais. E aí será preciso
juntar o trecho abaixo ao anterior:
“Sei que todos nós vamos lutar. Haverá contra
eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode
sofrer. Repito: a mais determinada oposição que um governo golpista pode sofrer
(…). Nós voltaremos para continuar nossa jornada rumo ao Brasil em que o povo é
soberano”.
Para onde isso leva Dilma? Entendo que de volta
à luta armada, ora bolas! Vamos ver. Se ela diz que esse é o segundo golpe que
enfrenta — em março de 1964, tinha 16 anos; se ela diz que o que muda é só a
forma; se ela prega “a mais determinada oposição que um governo golpista pode
sofrer”, o que devo concluir? É para pegar de novo na metranca! Acho que Dilma
tem de cair na clandestinidade e aderir de novo à luta armada.
"Os crimes cometidos por esta senhora e por seu partido
são muito mais graves do que os de responsabilidade.
São crimes de lesa pátria"
Convenham: oposição, mesmo “a mais
determinada”, entendo, se faz no Congresso e nos espaços institucionais quando
se está numa democracia. Quando se trata de enfrentar o golpe, o limite da
determinação há de ser a porrada. Aliás, enquanto ela fazia esse discurso, seus
partidários saíam depredando lojas e bancos em São Paulo e metendo fogo em bens
públicos.
Dilma chama a maior recessão da história do
país, decorrência do seu governo desastrado, de “projeto nacional progressista,
inclusivo e democrático”. Segundo ela, o dito-cujo está sendo “interrompido por
uma poderosa força conservadora e reacionária, com o apoio de uma imprensa
facciosa e venal.”
Aquela que comandou o governo que quebrou a
Petrobras, onde se acoitava uma quadrilha de ladrões e vagabundo, diz que seus
adversários “vão capturar as instituições do Estado para colocá-las a serviço
do mais radical liberalismo econômico e do retrocesso social”. O bom é capturar
o Estado e colocá-lo a serviço de um bando.
A mulher que é figura central das delações de
algumas das mais vistosas personagens do escândalo sob investigação afirma:
“Com a aprovação do meu afastamento definitivo, políticos que buscam
desesperadamente escapar do braço da Justiça tomarão o poder unidos aos
derrotados nas últimas quatro eleições. Não ascendem ao governo pelo voto
direto, como eu e Lula fizemos em 2002, 2006, 2010 e 2014. Apropriam-se do
poder por meio de um golpe de Estado”.
E voltou com o discurso terrorista já
conhecido: “O golpe é contra os movimentos sociais e sindicais e contra os que
lutam por direitos em todas as suas acepções: direito ao trabalho e à proteção
de leis trabalhistas; direito a uma aposentadoria justa; direito à moradia e à
terra; direito à educação, à saúde e à cultura; direito aos jovens de
protagonizarem sua história; direitos dos negros, dos indígenas, da população
LGBT, das mulheres; direito de se manifestar sem ser reprimido.”
REINALDO AZEVEDO É JORNALISTA |
Os desastres protagonizados por Dilma fizeram a
economia recuar, em muitos indicadores, a números de 10 anos passados. Para
vocês terem uma ideia, a dívida bruta brasileira em relação ao PIB só voltará
ao patamar de 2013 no ano de 2030.
Os crimes cometidos por esta senhora e por seu
partido são muito mais graves do que os de responsabilidade. São crimes de lesa
pátria.
De todo modo, dado o seu discurso, espero a
qualquer momento que anuncie a adesão a algum novo grupo terrorista.
Nota: três senadores discursaram contra a perda
dos direitos políticos de Dilma. E os três falaram em conciliação e mão
estendida: Kátia Abreu (PMDB-TO), João Capiberibe (PSB-AP) e Jorge Viana
(PT-AC).
Parece que Dilma prefere outra coisa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário