A VELHA RAPOSA
Jânio Quadros era prefeito de São Paulo. Naquela semana, nos corredores da Câmara Municipal, não se falava de outra coisa: o secretário de Educação estava com as horas contadas. Seu substituto seria indicado por um dos vereadores mais antigos da Casa, raposa velha, de pouquíssimas palavras, avesso a entrevistas. Depois de um tempão esperando, o repórter foi por ele atendido atendido. E pego de surpresa:
-- Com quem você está? – quis saber o vereador.
O repórter se fingiu de morto:
-- Desculpa, não entendi sua pergunta?
-- Em que gabinete está lotado?
-- Em nenhum.
-- A partir de agora, está comigo. Gosto de você. E sei que, em geral, jornalista ganha pouco. Um dinheirinho extra não faz mal a nínguém.
-- Fico grato ao senhor pelo convite. Mas não posso
ser repórter e assessor de imprensa ao mesmo tempo. Não é ético.
A velha raposa não passou recibo:
A velha raposa não passou recibo:
-- Meus parabéns. Sempre soube que você É um homem
honrado. Vamos tomar um uísque e não se fala mais nisso. Só bebo com gente de
bem. (OS - julho/2013)
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