DIVULGAÇÃO/CÂMARA DOS DEPUTADOS |
DELAÇÃO
NÃO PREMIADA
Cunha
não vai escrever um, mas dois livros.
O
segundo, que ele pretende lançar no início de 2017,
já
tem até nome: “Delação não premiada”
Por
Lauro Jardim
O Globo
Ressentido
e com a faca nos dentes, Eduardo Cunha bancará no livro que promete lançar em dezembro
que o impeachment de Dilma Rousseff foi um “golpe parlamentar”. Antes que os
petistas se animem por ter encontrado um companheiro para gritar contra o
“golpe”, um alerta: o notório deputado cassado sustentará que foi exatamente o
que aconteceu com Fernando Collor, em 1992 — um “golpe parlamentar”, mas com o
apoio incondicional do PT.
Neste
livro, o objetivo é fustigar o governo Temer. Interlocutores de Cunha relatam
que o ex-deputado está dividindo o jogo entre “eu” e “eles”. A propósito, Cunha
não vai escrever um, mas dois livros. O segundo, que ele pretende lançar no
início de 2017, já tem até nome, “Delação não premiada”. Nesse, promete contar
tudo sobre os seus desafetos e proteger sua turma.
A
interlocutores diz que já separou sua agenda de compromissos dos últimos anos e
afiou sua (boa) memória para contar histórias pouco republicanas, dando o nome
aos bois. Nem é preciso dizer que os 67 deputados (a soma dos que votaram
contra a sua cassação mais os que se abstiveram e os que não tiveram a coragem
de pisar na Câmara para votar) que ficaram com ele até o fim contarão com
largos lapsos de sua memória para ações heterodoxas de que tenham participado. (LJ)
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