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CIDADELA
Não quero mais te olhar
Com olhos de menina
E tremer de medo,
Quando achar
Que a minha noite
Perdeu a poesia.
Ah! a vida é tão fugaz!
Eu fecho os meus olhos,
E o dia se vai.
E os sonhos desmoronam
Como castelos de areia.
Por isso, eu te olharei
Com olhos noturnos.
Olhos cheios de paixão,
Para que meu dia
Não
tenha sido em vão.
E se eu tremer,
Será apenas de gozo.
Porque
entregar-me-ei.
Derrubarei todas as cidadelas
O império de mim.
18/06/2016
***
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica.
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
Acaba de lançar seu segundo livro de poesias:
As Rosas que Nascem no Asfalto.
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