(1957 – Considerada uma obra-prima do samba-canção)
Com Maysa
Ah, você está vendo só
Do jeito que eu fiquei
E que tudo ficou
Uma tristeza tão grande
Nas coisas mais simples
Que você tocou
A nossa casa querida
Já estava acostumada
Guardando você
As flores na janela
Sorriam, cantavam
Por causa de você
Olhe meu bem nunca mais
Nos deixe por favor
Somos a vida e o sonho
Nós somos o amor
Entre meu bem, por favor
Não deixe o mundo mau levá-la outra vez
Me abrace simplesmente
Não fale, não lembre
Não chore meu bem ***
Aos
doze anos, Adiléa da Silva Rocha atuava no Teatro da Tia Chiquinha, um programa
infantil da Rádio Tupi carioca. Com a morte de seu pai, Armindo, sua mãe,
Josefa, pediu aumento ao diretor da rádio, Olavo de Barros. Ele arrumou para a
garota um lugar na companhia infantil do Teatro Carlos Gomes.
Desde
os três anos de idade Dolores já cantava. Aos cinco, participava das festas
populares de reisado e do grupo de pastorinhas, realizadas no bairro da Saúde,
centro do Rio de Janeiro.
A
menina gostava de ouvir discos estrangeiros, e aprendeu a interpretar em
inglês, francês, italiano e espanhol. Aos 16 anos, foi contratada pela Boate
Vogue e passou a se chamar Dolores Duran. Nesta fase de shows noturnos, ela
conheceu Ella Fitzgerald, que elogiou sua interpretação de "My Funny
Valentine".
Em
1951, gravou o primeiro disco com sambas, pela gravadora Star. Em 1954, foi
contratada pela Copacabana, e gravou uma série de sucessos em samba-canção,
como "Tradição", de Ismael Silva, e "Praça Mauá", de Billy
Blanco. Casou-se em 1955 com Macedo Neto.
ROLLINGSTONE.UOL.COM.BR
Em
parceria com Tom Jobim, compôs sua primeira música: "Se é por falta de
adeus", gravada por Dóris Monteiro. Em 1956, gravou um de seus sucessos
como intérprete, o baião "A Fia de Chico Brito", de Chico Anysio;
integrou a Caravana de Paulo Gracindo em circos nos subúrbios cariocas; e
viajou para Argentina e Uruguai com o violonista Bola Sete e seu conjunto.
Em
março de 1957, Dolores ficou encantada com "Por causa de você", uma
melodia de Tom Jobim com letra de Vinícius de Moraes. Ela fez uma letra
alternativa. O poetinha, sem hesitar, rasgou seu texto e admitiu que a dela era
bem melhor. No mesmo ano, a cantora compôs, em parceria com Jobim, o
samba-canção "Estrada do Sol".
Após
uma turnê pela então União Soviética e Paris, em 1958, compôs
"Castigo", um samba-canção que fez sucesso na voz da cantora Maysa.
Em 1959, veio seu grande sucesso: "A Noite do Meu Bem". No mesmo
disco, gravou outro grande sucesso de sua autoria, o samba canção "Fim de
caso". Lançou o LP "Esse Norte é minha sorte".
Em
23 de outubro de 1959, com 29 anos, chegou em casa às 7:00 da manhã, e disse a
sua empregada: "Não me acorde. Estou cansada. Vou dormir até morrer".
Morreu mesmo durante o sono.
Somente
depois de sua morte prematura passou a ser cultuada como compositora. Em 1960,
Lúcio Alves gravou um LP dedicado às suas obras. Em 1970, o teatrólogo Paulo
Pontes escreveu e produziu o show "Brasileiro, Profissão Esperança",
com músicas de Dolores Duran, estrelado por Maria Bethânia e Raul Cortez, com
direção de Bibi Ferreira. Em 1971, o cantor norte americano Frank Sinatra,
gravou a versão de "Por Causa de Você", com o título "Don't Ever
Go Away".
Mal
a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República chegou à Câmara e Michel
Temer já reabriu os cofres. Mandou ladrilhar, com o patrocínio do déficit
público, a trilha que leva ao funeral das novas acusações. O custo inicial do
enterro será de R$ 1,02 bilhão. O
dinheiro será usado para pagar emendas que os parlamentares enfiaram dentro do
Orçamento da União.
A
infantaria legislativa do governo celebra a novidade como um sinal de boa
vontade. Mas os aliados de Temer acharam pouco. Realçam que o enterro agora
será coletivo: além das acusações contra o presidente, terão de sepultar
imputações dirigidas a dois ministros palacianos: Eliseu Padilha e Moreira
Franco. Pior: o Planalto exige que a lápide desça sobre a cova tripla numa
única votação.
Os
três são acusados de compor a organização criminosa do PMDB. E Temer acumula a
imputação de obstrução da Justiça. Estudo jurídico feito pela assessoria da
Câmara a pedido do presidente da Casa, Rodrigo Maia, anota que a votação única
para a trinca de denunciados seria o procedimento mais adequado. Ouviram-se
fogos no Planalto. Entretanto, auxiliares de Temer ainda temem enfrentar
problemas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Primeiro
estágio do funeral, a CCJ é presidida pelo deputado mineiro Rodrigo Pacheco.
Embora seja filiado ao PMDB, partido dos encrencados, o personagem revelou-se
um correligionário duro de roer no processamento da primeira denúncia, aquela
que acusava Temer de corrupção passiva.
À
procura de um deputado “independente” para exercer a atribuição de relator,
Pacheco ainda não excluiu a hipótese de desmembrar as denúncias: Temer numa
votação, os ministros em outra. Para evitar surpresas, Temer talvez tenha que
enfiar a mão um pouco mais fundo no bolso do contribuinte.
O “pai dos burros” nos ensina: suruba é um
encontro de gente como Lula, Dilma, Temer, Sarney, Renan, Jucá e
desqualificados afins.
TOMA LÁ, DÁ
CÁ?
Qual o quê! A maioria, infelizmente, só
conhece o toma lá.
MULHER DE
CÉSAR
A ela, não basta ser honesta: tem de parecer
honesta. A maioria dos nossos representantes não parece honesta. Nem é.
MENTIRA
Não é verdade que os políticos são iguais. A
maioria é muito pior que a minoria. Aqui fora, entre nós, simples mortais, a
situação não é muito diferente.
CONCLUSÃO
INESCAPÁVEL
Se o Parlamento é a cara da sociedade, como
afirmam os políticos, é forçoso admitir: somos uma merda.
NA REPÚBLICA DO RABO PRESO...
É impossível saber o prazo de validade de um ministro.
A QUESTÃO É
OUTRA
Em breve, ninguém mais perguntará ao
parlamentar a que partido ele pertence, mas, sim, de qual quadrilha ele faz
parte?
MANUAL DE
SOBREVIVÊNCIA
Para viver no Brasil, não basta ter nervos
de aço. É preciso ter um saco imenso.
TIRO AO ALVO
Temer virou especialista: não erra um tiro
no próprio pé.
DELAÇÃO
PREMIADA
Cuidado, dona Marisa. Se Dom “Menas”, para
salvar a própria pele, der com a língua nos dentes, o inferno lhe espera.
.
CHIQUEIRO
Elles não se emendam nunca: nascem porcos,
vivem e morrem como porcos.
Com o próprio autor, Tom jobim e uma turma da pesada
Eu vou pra Maracangalha eu vou
Eu vou de uniforme branco eu vou
Eu vou de chapéu de palha eu vou
Eu vou convidar Anália eu vou
Se Anália não quiser ir eu vou só
Eu vou só eu vou só
Se Anália não quiser ir eu vou só
Eu vou só eu vou só
Sem Anália mas eu vou
Papapara papaia papá
Papaparapapaia papá
Zezinho, grande amigo de Dorival
Caymmi, falava muito em Maracangalha. Quando não tinha um bom pretexto para
sair de casa, dizia pra mulher: "Eu vou pra Maracangalha". Maracangalha
era um lugarejo onde havia uma usina de açúcar, a Cinco Rios, em que Zezinho
fazia negócios em 1955, Caymmi estava em casa, na rua Cesário Mota Júnior, em
São Paulo, pintando um auto-retrato quando de repente veio-lhe à lembrança a
frase de Zezinho."Daí" - conta o compositor - "comecei a
cantarolar a música e letra nascendo ao mesmo tempo. FONTE:
REVISTA ÉPOCA ON LINE