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E O AMOR SAIU PELA
JANELA (III)
-- Quer saber, Osvaldo?
-- Não, Maria. Não quero saber de nada.
-- Mas vai saber mesmo assim.
-- O que foi dessa vez, mulher?
-- Querido: se não fosse sua arrogância, sua vaidade, hoje,
estaríamos bem de vida.
-- Arrogância, vaidade!?
-- Claro. Você trabalhou com tanta gente importante, mas nunca pediu
nada a ninguém, uma promoção, um bom emprego para os filhos. Por arrogância.
-- Não é verdade. Toda vez que pedi, deram de ombros.
-- Só que todos os que trabalhavam com você progrediram. E a gente
sempre na pior.
-- E a vaidade? Onde ela entra?
-- Ganhava tapinha nas costas, recebia um elogio qualquer e chegava
em casa todo pimpão. Você foi um idiota.
-- Nesse ponto, Maria, você está certa. (OS)
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