segunda-feira, 18 de julho de 2016

SANATÓRIO GERAL - Por Augusto Nunes



PECADOR EM PÂNICO



“Com a responsabilidade de quem aprovou a delação, devo dizer que, quando a delação não for comprovada e for vazada para constranger, com o réu preso, com as contas bloqueadas e a família desesperada, quando for apenas para livrar o bandido da cadeia, para trocar personagens, contar narrativas mentirosas, citar fatos que não têm nada a ver, apenas para lavar o dinheiro pilhado, como algumas delas, evidentemente a pena precisa ser agravada e a delação até desfeita.” (Renan Calheiros, presidente do Senado, num palavrório que poderia ser resumido na seguinte frase: ‘sou culpado, mas não quero ir para a cadeia’)


NEURÔNIO GOLPISTA

SPONHOLZ

“A tentativa de golpe na Turquia é preocupante. Um governo eleito não pode ser derrubado. Nem pela violência. Nem por artimanhas jurídicas.” (Dilma Rousseff, a Assombração do Alvorada, numa aparição no Facebook, ao comparar a rebelião militar na Turquia à aprovação do processo impeachment pelo Congresso brasileiro, mostrando que o neurônio solitário ainda não aprendeu distinguir um golpe de uma demissão constitucional)

PIORA SENSÍVEL

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SPONHOLZ


Celso Arnaldo mostra que o dilmês está se tornando uma espécie de arte:
 “Passaram dois anos que tinha pedaladas, aí chega o Ministério Público e diz que ‘ó, não tem pedalada não’. Tirando a pedalada que eu ando, não tem pedalada”. (Dilma Rousseff, internada por Celso Arnaldo nesta sexta-feira em Teresina, durante ato “em defesa da democracia”, insistindo em demonstrar que, à beira da extinção, o dilmês – língua capaz de fazer sua usuária única andar uma pedalada – está chegando ao estado de arte da desarticulação verbal humana)



AUGUSTO NUNES É JORNALISTA

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