PECADOR EM PÂNICO
“Com a responsabilidade de
quem aprovou a delação, devo dizer que, quando a delação não for comprovada e
for vazada para constranger, com o réu preso, com as contas bloqueadas e a
família desesperada, quando for apenas para livrar o bandido da cadeia, para
trocar personagens, contar narrativas mentirosas, citar fatos que não têm nada
a ver, apenas para lavar o dinheiro pilhado, como algumas delas, evidentemente
a pena precisa ser agravada e a delação até desfeita.”
(Renan Calheiros, presidente do Senado, num palavrório que poderia ser resumido
na seguinte frase: ‘sou culpado, mas não quero ir para a cadeia’)
NEURÔNIO GOLPISTA
SPONHOLZ
“A tentativa de golpe na
Turquia é preocupante. Um governo eleito não pode ser derrubado. Nem pela
violência. Nem por artimanhas jurídicas.” (Dilma Rousseff, a
Assombração do Alvorada, numa aparição no Facebook, ao comparar a rebelião
militar na Turquia à aprovação do processo impeachment pelo Congresso
brasileiro, mostrando que o neurônio solitário ainda não aprendeu distinguir um
golpe de uma demissão constitucional)
PIORA SENSÍVEL
SPONHOLZ
Celso
Arnaldo mostra que o dilmês está se tornando uma espécie de arte:
“Passaram
dois anos que tinha pedaladas, aí chega o Ministério Público e diz que ‘ó, não
tem pedalada não’. Tirando a pedalada que eu ando, não tem pedalada”.
(Dilma Rousseff, internada por Celso Arnaldo nesta sexta-feira em Teresina,
durante ato “em defesa da democracia”, insistindo em demonstrar que, à beira da
extinção, o dilmês – língua capaz de fazer sua usuária única andar uma pedalada
– está chegando ao estado de arte da desarticulação verbal humana)
AUGUSTO NUNES É JORNALISTA |
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