GRACILIANO RAMOS |
Graciliano Ramos, o “velho”
e eterno Graça, dispensa apresentação. Um dos maiores escritores brasileiros de
todos os tempos, autor de livros inesquecíveis, era de um rigor absoluto
consigo mesmo, tanto na vida pessoal como na política e no trabalho literário: “A palavra não
foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para
dizer”.
Austríaco naturalizado
brasileiro, Otto Maria Carpeaux foi ensaísta, crítico de literatura e jornalista.
Chegou ao Brasil em 1939, com sua mulher. Judeus, fugiam da escalada de terror
promovida pelos nazistas.
Afinidades intelectuais
– mas não só elas – fizeram Graciliano e Otto grandes amigos. Ambos eram
pessimistas incorrigíveis. Conta-se que, numa das inúmeras conversas que tinham
nos cafés e livrarias do Rio de Janeiro, ocorreu a que segue:
-- A coisa está feia,
vai de mal a pior. Amanhã, estaremos pedindo esmolas – teria dito um deles.
-- A quem? A quem? – teria
questionado o outro, ainda mais desolado. (OS)
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