FOTOGRAFIA: CLÓVIS CAMPÊLO
MELANCOLIA
Já
não existem mansardas,
apenas
o vulto de um alto
edifício
a
olhar a cidade que cresce
vertical.
Vertiginoso,
aos seus pés,
um
rio persegue caudaloso
o
tempo incessante.
Uma
tristeza feita de pedras
me
invade.
Solidifico-me
e concebo
mais
um poema
ausente
de equilíbrio,
repleto
de sangue
e
signos.
Recife, 1991
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