SOLIDÃO
(POR VIOLANTE PIMENTEL) Anos
atrás, Seu Geraldo, um homem já velho, morava sozinho numa casa de uma porta e
uma janela, numa rua ao lado de uma Igreja, em Natal (RN). Os vizinhos tentavam
fazer amizade com ele, mas não conseguiam. Morador relativamente novo naquela
rua, a única coisa que se sabia a seu respeito é que ele era ex-combatente da
segunda guerra mundial e era considerado "neurótico de guerra."
Nunca
recebia visitas. Mas um dia, pela manhã, a vizinha Dona Perpétua, uma
solteirona fofoqueira, ouviu sua voz rouca chamando alguém de "meu
amor", "minha linda" e "minha querida". A mulher logo
tirou suas conclusões de que o vizinho não era tão sozinho como parecia. Com
certeza, ele tinha uma amante...
A
mulher se propôs a descobrir quem seria a amante de Seu Geraldo. Ainda não
tinha conseguido ver a chegada nem a saída da criatura, mas percebia quando ela
estava na companhia do vizinho.
As
visitas se tornaram mais constantes, e Dona Perpétua arquitetou um plano para
ver a cara dessa amante.
Num
certo dia pela manhã, ao voltar da missa, Dona Perpétua tornou a ouvir a voz
melosa do homem, pronunciando as mesmas palavras de amor, e demonstrando,
nitidamente, que estava na companhia da namorada. Mais do que nunca, sua
curiosidade aumentou, e ela não se conteve. Rapidamente, Dona Perpétua colocou
uma escada apoiada no muro do quintal, subiu e tentou matar a sua curiosidade.
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A
surpresa foi impactante!
A
mulher quase despencou de cima da escada, ao ver a cena de amor do vizinho, nu,
sentado numa cadeira, com uma galinha no colo…
Dona
Perpétua, que comungava todos os dias, ficou em estado de choque. De repente,
lembrou-se do depósito de lixo que havia na calçada, onde uma vez por outra
aparecia jogada uma galinha morta. O lixo era coletado pelo caminhão da
Prefeitura, e o assunto era esquecido. Agora estava claro que essas galinhas
eram oriundas da criação que o vizinho mantinha em seu quintal.
Estranha
forma usada, pelo esquisito homem, para preencher sua solidão...
Minha Nobre Procuradora Violante Pimentel, parabéns pela excelente narrativa! Não tenho a intenção de concorrer com a mesma. Mas, conheço uma história acontecida com um amigo que nasceu em uma cidade do agreste pernambucano e que residia no Recife. Ele contava que quando era jovem, pelas necessidades sexuais, mantinha relações com galinhas. E isto, você deve saber que acontecia com muitos habitantes dos nossos sítios no interior. Disse ele que certa vez, manteve relações com uma galinha e ela não suportando, veio a falecer. A tia dele, logo em seguida, constatou que tinha uma galinha morta. Chamou a irmã dela, mãe do nosso protagonista e disse: " - Ela morreu agora e não estava doente. Deve ter sido problema de coração! Não vamos perdê-la!" , E concluiu o meu amigo. Mamãe concordou, tratou ela, colocou no fogo, na mesa e eu: "Comi de novo a galinha!" FATO VERÍDICO! Abraços!
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