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A
CAIXA DE PANDORA
Às
vezes me perco de mim,
Esqueço
minha alma,
Em
algum canto da casa,
Em
algum sonho mais distante.
Às
vezes me perco de mim,
E os
poemas ficam sem alma,
A
rima não ressoa, simples versos vazios,
Que
não sabem dizer nada.
E eu
saio a minha procura,
Talvez
eu tenha me perdido
Em
alguma noite escura,
Querendo
buscar o brilho
Da
estrela mais pura.
Talvez
eu tenha me perdido,
Em
algum raio de luar,
Quando
buscava a rima perfeita,
Para
o sentido do amar.
Talvez
tenha saído por aí,
Acompanhando
um bando de vagalumes,
Querendo
sonhar os sonhos,
Dos
menestréis das madrugadas.
Enfim,
quando eu me acho,
E a
alma vem assim,
Plena
de fantasia,
O
verso surge com alegria.
E
salta de mim,
Como
se meu não fosse,
Como
se eu apenas o guardasse,
Na
caixa dos sonhos de uma Pandora feliz.
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica..
Autora das obras
Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
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