sábado, 10 de setembro de 2016

INSTANTES: ANA ANDRADE

GOOGLE

Sei de cor
os silêncios
que sem sobressalto,
me despem a alma
e imploram o beijo
preso na minha saudade... 

***

Indiferença
Ternura 
intimidada
pelas manhãs devastadas
e noites sem segundos...
indecifráveis apelos
clamam o teu nome,
entre corais desmaiados
e sortilégios esfacelados
onde o canto da alma,
dá voz ao silêncio
em soluços de melancolia.

Pálpebras
suadas de sal
reprimem ilusões,
que ardem no vazio
de um poema proibido:
sofreguidão 
escondida na nudez
que abrasa os ventos
e faz o ciúme demente...
no quotidiano da memória
o teu rosto sempre presente,
envelhece o tempo
e não me deixa enxergar
um coração que se fechou...

Atormentado
divaga o meu olhar
que se demora,
nas sílabas da indiferença!

ANA ANDRADE

Nenhum comentário:

Postar um comentário