Foto: Agência O Globo |
MEIO-TERMO
De Cacaso /
Lourenco Baeta
Ah! Como eu tenho me enganado!
Como tenho me matado
Por ter demais confiado
Nas evidências do amor
Como tenho andado certo
Como tenho andado errado
Por seu carinho inseguro
Por meu caminho deserto
Como tenho me encontrado
Como tenho descoberto
A sombra leve da morte
Passando sempre por perto
E o sentimento mais breve
Rola no ar e descreve
A eterna cicatriz
Mais uma vez
Mais de uma vez
Quase que fui feliz
A barra do amor é que ele é meio ermo
A barra da morte é que ela não tem meio-termo
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